Em novembro, a maioria das plantas de exterior já abriu mão dos seus brotos, mas ainda restam, lá no jardim, aquelas majestosas variedades de genética sativa.

Como destacou o portal Cáñamo, “o mês de novembro costuma ser relativamente tranquilo: a maioria das variedades já foi colhida e está pendurada para secar. Apenas as sativas permanecem de pé, finalizando seu processo de maturação". 

Nesse momento, o cultivador se divide entre duas grandes tarefas: cuidar das sativas que ainda estão de pé, garantindo que cheguem à maturação com saúde, e dedicar atenção ao processo de secado e curado das plantas já colhidas, fases que influenciam diretamente o sabor, o aroma e a qualidade final da colheita.

Secado e curado: paciência que vale ouro

Uma vez que as plantas foram colhidas, o trabalho não para, pelo contrário, começa o processo delicado de secagem e curado.

O ideal é manter uma temperatura moderada, entre 15 e 20 °C, com umidade controlada, nem tão alta, para evitar fungos, nem tão baixa que acelere o secado e prejudique os terpenos. 

O curado, etapa essencial para aprimorar sabor e potência, pode durar de quatro semanas a alguns meses, e é nele que a clorofila se degrada, os aromas se intensificam e a experiência final se refina.

O cultivo também ensina sobre tempo

Mais do que uma prática agrícola, cultivar é um exercício de presença. Novembro é o mês em que o ritmo desacelera e a paciência se torna ferramenta essencial. As sativas, que resistem ao frio e florescem mais lentamente, parecem ensinar que nem tudo precisa acontecer depressa.

Talvez seja isso o que o cultivo mais nos revela: que a colheita não é apenas o resultado do trabalho, mas também o reflexo da relação paciente entre o ser humano, a natureza e o ciclo da vida.

Com informações de Cañamo.Net.