No mundo digital, a compra de produtos de cannabis pode se tornar uma experiência obscura e frustrante. A aparente acessibilidade oferecida pela Amazon para produtos de "cânhamo" pode, na verdade, mascarar dosagens falsas, falta de transparência e produtos que não correspondem às suas descrições.

Em meio ao cenário em constante evolução da legislação sobre cannabis e seus derivados, a venda desses produtos na plataforma tornou-se uma área cinzenta. Embora a plataforma oficialmente não permita a venda de produtos CBD, os fornecedores têm encontrado maneiras de contornar essas restrições, usando termos como "cânhamo" para enganar os consumidores.

A CBD Oracle, empresa dedicada à pesquisa de consumo, realizou uma investigação reveladora sobre a situação. Ao analisar 56 dos produtos de cânhamo mais populares na Amazon, descobriu-se que a maioria deles não continha a quantidade anunciada de CBD, e alguns sequer continham qualquer composto derivado da cannabis. Além disso, 96% dos produtos não forneciam dosagens precisas em suas etiquetas. “A falta de regulamentação e supervisão adequadas permite que esta fraude prospere”, afirmou em nota a empresa.  

Agora a empresa de vendas online, juntamente com outras plataformas de comércio eletrônico, precisa tomar medidas mais rigorosas para verificar a legitimidade dos produtos listados e garantir a segurança dos consumidores.

Os especialistas destacam a necessidade de certificados de análise (COA) e diretrizes mais claras para os vendedores. Enquanto isso, os consumidores devem estar atentos e procurar marcas confiáveis, mesmo que isso signifique sair da conveniência da Amazon.

Informações: High Times