Kamala e Trump realizam primeiro debate das eleições; entenda as movimentações sobre a cannabis

Trump tem usado as redes sociais para se manifestar favorável a legalização da cannabis na Flórida; Kamala se mantém neutra

Publicada em 10/09/2024

capa

Imagem: FreePick

Uma pesquisa do New York Times/Siena College aponta Donald Trump (Republicano) à frente de Kamala Harris (Democrata) nas intenções de voto para a presidência dos Estados Unidos.

O levantamento, divulgada no domingo (8),  contou com a resposta de 1.695 entrevistados e foi realizado entre os dias 3 e 6 de setembro de 2024. Para a pergunta “se a eleição presidencial de 2024 fosse realizada hoje, em quem você votaria?”, 46% escolheu Harris e 48% Trump; 6% não soube ou se recusou a responder. Mesmo com o candidato republicano apresentando uma porcentagem maior, ambos estão “empatados”, visto que existe uma margem de erro de 3%.

Hoje (10), às 22h, horário de Brasília, a TV americana ABC News transmite o primeiro debate entre Kamala e Trump. O evento ocorre na Filadélfia, Pensilvânia, e marca uma acirrada eleição para a presidência dos EUA. 

 

Trump se posiciona a favor da cannabis

 

Em novo post nas suas redes sociais, o ex-presidente dos Estados Unidos e atual candidato à presidência, Donald Trump, reforçou seu posicionamento favorável ao fim das prisões e encarceramentos de adultos por pequenas quantidades de cannabis para uso pessoal.

Além disso, voltou a falar da iminente legalização da maconha na Flórida, estado onde vive. Desta vez, Trump afirmou que votará “sim” na Emenda 3 - uma das medidas eleitorais que serão votadas em 41 estados americanos pelos eleitores no dia 5 de novembro, junto à escolha dos congressistas e do próximo presidente dos EUA.

No post feito no Truth Social, Trump também falou sobre os planos para o futuro da cannabis, caso seja eleito. “Como presidente, continuaremos a nos concentrar na pesquisa para desbloquear os usos médicos da maconha como uma droga da Lista 3 e a trabalhar com o Congresso para aprovar leis de bom senso, incluindo operações bancárias seguras para empresas autorizadas pelo estado e apoiar os direitos dos estados a aprovar leis sobre a maconha, como na Flórida, que funcionam tão bem para seus cidadãos.”

Há mais de 50 anos, a maconha está na Lista 1 nos EUA. O Departamento de Saúde e Serviços Humanos recomendou movê-la para a Lista 3, mas a Drug Enforcement Administration (DEA) marcou a audiência para o dia 2 de dezembro, após as eleições.

 

Kamala mantém-se neutra quanto à cannabis

 

Enquanto Trump reconhece e apoia a legalização da cannabis e outras medidas relacionadas ao tema, a vice-presidente dos Estados Unidos e candidata à presidência, Kamala Harris, mesmo tendo um posicionamento pró-cannabis, ainda não se manifestou sobre o tema desde que o presidente Joe Biden desistiu da disputa e ela se tornou a indicada.

Cinquenta dias após Biden desistir da corrida, a candidatura de Harris incluiu em seu site de campanha uma página de propostas, detalhando compromissos caso seja eleita. As propostas da chapa Kamala Harris estão divididas em quatro categorias: “Construir uma Economia de Oportunidades e Reduzir os Custos”, “Proteger Nossas Liberdades Fundamentais”, “Garantir Segurança e Justiça para Todos” e “Manter a Segurança e Prosperidade dos EUA”. Em nenhum trecho das propostas está descrita uma reforma da política de cannabis no país.

Sem comentar o projeto de Kamala, o porta-voz da campanha de Harris, Joseph Costello, afirmou à NBC News que Trump não apoia a pauta da cannabis. "Apesar de sua bajulação descarada, Donald Trump não pode esconder seu extenso histórico de arrastar a reforma da maconha para trás", disse Costello em uma declaração.

"Como presidente, Trump reprimiu as infrações não violentas relacionadas à maconha, minando as leis estaduais de legalização, se opôs à legislação bancária segura e até tentou remover as proteções para a maconha medicinal", finalizou.