O que dizem os presidenciáveis sobre a legalização da cannabis no Brasil
Dentre os oito pré-candidatos questionados, quatro disseram ser favoráveis ao uso medicinal da cannabis.
Publicada em 19/05/2022

Por Jacqueline Passos (com informações de CNN)
No dia 02 de outubro de 2022, os brasileiros deverão ir às urnas para votar. Na data, serão escolhidos deputados estaduais e federais, governadores, senadores e o novo presidente do país. Sabendo que a legislação federal a respeito da cannabis necessita de avanço, é imprescindível que os eleitores questionem seus candidatos sobre os posicionamentos deles em relação à planta.
Esta semana, a CNN questionou os pré-candidatos à presidência para saber o que eles pensam sobre a legalização da cannabis no Brasil. O canal não informou se a pergunta era direcionada ao uso medicinal ou adulto ou ambos. Confira as respostas:
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Lula (PT):
A assessoria do presidenciável disse que o plano de governo será elaborado com a sociedade e os partidos aliados e entregue na data prevista pelo TSE.
Jair Bolsonaro (PL):
O presidente não respondeu até o momento da publicação.
Ciro Gomes (PDT):
O pré-candidato não respondeu até o momento da publicação.
João Doria (PSDB):
O pré-candidato não respondeu até o momento da publicação.
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André Janones (Avante):
Sou contra a liberação da maconha para usos recreativos. A ressalva ocorre apenas nos tratamentos medicinais, com recomendação profissional. O consumo de drogas é outra pandemia no Brasil e não podemos liberar o uso da maconha.
Simone Tebet (MDB):
Sou contra a liberação e a favor do uso medicinal de substâncias que a ciência comprovar que sejam eficientes no tratamento da saúde.
Felipe d’Avila (Novo):
Sou totalmente a favor do uso medicinal, baseado nos benefícios que já estão comprovados cientificamente. Também sou a favor da descriminalização do consumo, mas hesito em defender a liberação completa. As consequências indesejadas estão fazendo vários estados norte-americanos que legalizaram a maconha repensarem essa política. Defendo que estas questões possam ser tratadas em cada estado, dentro de um verdadeiro federalismo, sem a necessidade de uma proibição ou liberação em nível federal.
Luciano Bivar (União Brasil):
O uso terapêutico do canabidiol já é uma realidade em muitos países e no Brasil a Anvisa tem liberado produtos à base da substância desde 2017, o que representa um grande avanço diante dos benefícios comprovados para o tratamento de doenças graves, tais como esclerose múltipla, Alzheimer e Parkinson. Porém, o governo precisa atuar para baratear esses medicamentos, que ainda têm preços inacessíveis para as pessoas que necessitam deles.
Quanto ao uso recreativo, grande parte da comunidade médica/científica alerta sobre os riscos da dependência e das sequelas nas funções cognitivas. Embora eu seja um defensor das liberdades individuais, neste ponto precisamos seguir as recomendações dos especialistas.
Dentre os oito pré-candidatos questionados, quatro disseram ser favoráveis ao uso medicinal da cannabis e apenas um demonstrou estar atento ao cenário legislativo que envolve a planta atualmente. Quanto ao uso adulto da cannabis, 100% das respostas são contrárias à liberação.