Revestimento de dentaduras com CBD pode prevenir infecções orais, indica estudo

Canabinoide demonstrou capacidade de reduzir bactérias em próteses dentárias

Publicada em 11/03/2025

Revestimento de dentaduras com CBD pode prevenir infecções orais, indica estudo

A pesquisa, publicada no periódico Molecules, destacou que o canabinoide, quando incorporado ao material utilizado em próteses dentárias, demonstrou potencial para reduzir biofilmes bacterianos e prevenir a formação de placas.

 

CBD e a redução de bactérias em dentaduras

 

Como destacou o Marijuana News, os pesquisadores incorporaram CBD ao poli(metacrilato de metila) (PMMA), um plástico amplamente utilizado na confecção de dentaduras. Em testes laboratoriais, a substância apresentou efeitos bactericidas significativos contra microrganismos como Staphylococcus aureus e Streptococcus agalactiae. Para bactérias Gram-negativas, conhecidas por sua resistência a antibióticos, o CBD não foi eficaz contra formas planctônicas, mas eliminou biofilmes.

Os resultados indicaram uma redução de 99% no crescimento de biofilmes em dentaduras tratadas com CBD. Segundo os autores, o canabinoide atua rompendo as membranas celulares bacterianas, evitando a proliferação de infecções.

 

Pesquisadores sugerem novas abordagens para aprimorar o uso do CBD

 

Embora os achados sejam promissores, os cientistas destacaram a necessidade de pesquisas adicionais para desenvolver um método de liberação controlada do CBD nos revestimentos. Atualmente, o estudo identificou uma “liberação explosiva” da substância nas primeiras 12 horas, seguida por uma difusão mais gradual.

Além disso, novas investigações devem esclarecer por que o CBD eliminou biofilmes, mas não afetou bactérias planctônicas. Os pesquisadores sugerem análises mais aprofundadas sobre os mecanismos moleculares do canabinoide na adesão bacteriana.

 

Outras aplicações do CBD para a saúde

 

Além da odontologia, o CBD tem sido estudado por seus potenciais benefícios para a pele. Um artigo recente no periódico Pharmaceuticals apontou que o composto pode acelerar a cicatrização de feridas, reduzir o envelhecimento precoce e atuar como antioxidante em produtos cosméticos.

Em outra frente, estudos indicam que o CBD também pode oferecer uma alternativa viável no tratamento de doenças dermatológicas em animais. Pesquisadores relataram que cães com lúpus eritematoso discoide, uma doença autoimune, apresentaram melhoras significativas ao receber óleo de cannabis rico em CBD, reduzindo sintomas e efeitos colaterais comuns de esteroides.

A crescente evidência científica sobre os efeitos do CBD sugere que seu uso pode se expandir para diversas áreas da saúde. Contudo, os especialistas alertam para a necessidade de regulamentação e estudos clínicos mais aprofundados antes de uma adoção em larga escala.