Alesp inclui cannabis medicinal no Remédio Popular
Projeto amplia acesso a tratamento canábico no SUS com produção estatal pela Furp, garantindo economia e qualidade
Publicada em 18/12/2024
Parlamentares aprovam programa que inclui cannabis medicinal no Remédio Popular. Imagem: Rodrigo Costa e Rodrigo Romeo/ ALESP
Os deputados da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovaram, nessa terça-feira (17), um projeto de lei que regulamenta a produção e distribuição de medicamentos à base de cannabis. Quem fará esse trabalho será a Fundação para o Remédio Popular (Furp), laboratório farmacêutico estatal paulista. O objetivo é reduzir custos para o Sistema Único de Saúde (SUS) e ampliar o acesso seguro a tratamentos baseados na planta.
Decisão representa um avanço histórico
Em 2023, a Alesp já havia aprovado a Lei 17.618/2023, de autoria de Caio França (PSB), que legaliza a cannabis medicinal gratuita no SUS. Agora, o Projeto de Lei 954/2023 reforça essa política ao permitir que a produção seja estatal, realizada diretamente pela Furp, o que promete gerar uma significativa economia para os cofres públicos.
“A produção de medicamentos à base de cannabis medicinal pela Furp irá representar uma economia exponencial, tendo em vista o alto custo desses medicamentos quando são produzidos e comercializados pelos laboratórios privados”, explicou o deputado Valdomiro Lopes (PSB), autor da proposta. Ele é membro da Frente Parlamentar Cannabis Medicinal e Cânhamo Industrial, coordenada por França.
Furp: expertise e economia
Criada em 1968, a Furp é o maior laboratório farmacêutico público da América Latina, com expertise em produzir medicamentos de qualidade e baixo custo. Segundo o deputado, a capacidade técnica da Furp será essencial para garantir a segurança e eficácia dos produtos.
Valdomiro ainda argumenta que, por se tratar de uma empresa pública, a Furp pode ao mesmo tempo atender as necessidades dos pacientes e das contas estatais.
Impacto e próximos passos
Com a aprovação do projeto, o Estado de São Paulo dá mais um passo em direção à democratização do acesso a tratamentos de saúde essenciais. A expectativa é de que a medida reduza custos do governo e beneficie milhares de pacientes com medicamentos canábicos de produção pública, gratuita e de qualidade.
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Com informações da ALESP