Tailandeses realizam greve de fome contra a criminalização da cannabis
Esta semana, após seis dias sem comer um dos protestas foi levado ao hospital, mas decidiu voltar para o protesto
Publicada em 22/07/2024
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Governo da Tailândia apresentou um projeto de lei para reclassificação da cannabis como narcótico a partir de 1º de janeiro de 2025, Imagem: Vecteezy
Como resposta ao projeto de lei para reclassificação da cannabis como narcótico a partir de 1º de janeiro de 2025, na Tailândia, um grupo de ativistas pró-cannabis está realizando uma greve de fome. Essa semana, o Thai Enquirer informou que um dos grevistas foi levado ao hospital, após seis dias sem comer. Akkaradetch Chakinda preferiu voltar ao protesto e não ficou internado.
Em maio, centenas de empresários, produtores e ativistas da cannabis se reuniram em Bangkok, também para protestar contra a decisão do governo.. Os ativistas reuniram cerca de 2.000 assinaturas para uma petição legal contra a decisão do Gabinete do Conselho de Controle de Narcóticos (ONCB).
O que está acontecendo na Tailândia
Em junho, o governo tailandês publicou o projeto de lei para reclassificar a cannabis como narcótico. De acordo com o projeto, o Ministério da Saúde Pública classifica, mais uma vez, as flores de cannabis como um narcótico de “categoria cinco”.
Em 2022, a Tailândia tornou-se o primeiro país do Sudeste Asiático a descriminalizar a planta. A nova decisão busca desfazer essa decisão. Conforme a nova lei, extratos de cannabis podem ter no máximo 0,2% de THC.
Petição contra a criminalização
O Bangkok Post observou que Thiravat Hemachudha, neurologista da Faculdade de Medicina da Universidade Chulalongkorn, Panthep Puapongphan, reitor da Faculdade de Medicina Oriental da Universidade Rangsit e Rosana Tositrakul, ex-senadora de Bangkok, estão trabalhando em uma petição para o Ministério da Saúde Pública a reconsiderar a criminalização da cannabis.
Entretanto, o Ministro da Saúde, Somsak Thepsutin, afirmou que não recebeu quaisquer relatos sobre os problemas de saúde de Chakjinda. Segundo ele, os protestos não deverão impedir o processo de reclassificação da planta como narcótico.
Com informações do El Planteo.