Mesmo diante de um diagnóstico tão duro quanto o câncer biliar, a esperança continua a florescer, agora, amparada pela ciência. Segundo o portal Cáñamo, novas evidências apontam que o uso terapêutico da cannabis pode estar relacionado a uma maior sobrevida entre pacientes com esse tipo raro e agressivo de tumor, reacendendo a possibilidade de cuidado e qualidade de vida onde antes só havia incerteza.

Avanços que reacendem o diálogo

De acordo com a publicação, o estudo analisou pacientes diagnosticados com colangiocarcinoma, uma forma de câncer que atinge os ductos biliares e, em muitos casos, apresenta evolução rápida e poucas opções terapêuticas eficazes. Os resultados indicaram que aqueles que utilizaram cannabis terapêutica apresentaram maior tempo médio de sobrevivência, quando comparados aos que não fizeram uso da planta durante o tratamento.

Ainda que os mecanismos exatos dessa associação não estejam completamente compreendidos, pesquisadores destacam o potencial dos canabinoides, substâncias ativas da cannabis, na regulação de processos inflamatórios e na inibição da proliferação celular em alguns tipos de câncer. Além disso, o uso da planta pode contribuir para o controle de sintomas, como dor, náuseas e perda de apetite, melhorando o bem-estar geral do paciente.

Entre evidências e possibilidades

O portal Cáñamo ressalta, contudo, que os dados ainda são preliminares e que a cannabis não deve ser entendida como substituto das terapias convencionais. Especialistas reforçam a importância de mais pesquisas clínicas que avaliem de forma controlada a eficácia e a segurança da planta no contexto oncológico.

Mesmo assim, o estudo desperta esperança em uma área da medicina em que cada avanço conta. Para pacientes e familiares que convivem com o câncer biliar, uma doença que costuma ser diagnosticada em estágios avançados, a notícia de que a cannabis terapêutica pode estar associada a maior sobrevida representa mais do que um dado científico: é um convite à escuta, à investigação e, sobretudo, à empatia na busca por novas formas de cuidar.

Com informações de Cañamo.Net.