Startup ADWA cannabis e Embrapa fecham acordo sigiloso
O contrato confidencial tem duração de cinco anos, mas não especifica sobre qual a finalidade da troca de informações
Publicada em 15/09/2021
Curadoria e edição Sechat, com informações de Cannalize
Na última semana, o Diário Oficial da União publicou um acordo de troca de informações técnicas e confidenciais com a empresa ADWA Cannabis e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) pelos próximos cinco anos.
Trata-se de uma startup que desenvolve tecnologias relacionadas ao universo canábico. Em maio do ano passado, por exemplo, eles desenvolveram um estudo sobre um possível lucro da exportação de cannabis no Brasil, caso fosse legalizado.
Em outubro, o grupo também anunciou um estudo sobre melhoramento genético junto a Universidade Federal de Viçosa (UFV). O objetivo é estudar quatro variedades de sementes de cannabis para o uso medicinal e industrial, que estão sendo fornecidas pela empresa colombiana Canowdrop.
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O acordo anunciado pelo Diário da União sobre a ADWA Cannabis e a Embrapa, que vai até 2026, também não divulgou o valor do contrato.
Até o momento a startup não se pronunciou sobre o assunto.
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Assuntos que envolveram a cannabis e a Embrapa
Em paralelo às sugestões de emendas sobre o Projeto de Lei 399, que estava em discussão em maio, o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) propôs mais uma PL sobre o assunto: o cultivo de cannabis por universidades e pelo Estado.
A proposta 1.485/2021 sugere que o direito de plantio no Brasil seja somente para a Embrapa e universidades federais.
Caso aprovado, o projeto de lei mudaria a lei atual 11.343 de 2006. Conhecida como “lei das drogas”, ela proíbe o cultivo da planta em solo nacional. Atualmente o PL aguarda apreciação do senado em caráter de urgência.
Fora ele o deputado federal Ronaldo Santini (PTB-RS) também já havia encaminhado um ofício ao presidente Jair Bolsonaro sobre o plantio de cannabis em solo nacional em novembro de 2020.
Créditos: Tainara Cavalcante