Por Adriana Santagati - conteúdo publicado originalmente em Clarin

“Superalimento” é um rótulo que foi anexado a vários alimentos ricos em nutrientes e que proporcionam importantes benefícios à saúde. O novo “superalimento” que agora está em destaque é a cannabis. E esta semana houve um avanço importante para adicioná-lo à dieta dos argentinos.

Nesta quarta-feira, a Comissão Nacional de Alimentação (CONAL) aprovou a incorporação da semente de cannabis ao Código Alimentar Argentino . Tal como o Código Civil regula, por exemplo, múltiplos aspectos da nossa vida quotidiana, o Código Alimentar regula o que comemos. Obviamente não nos diz o que comer, mas estabelece o que podemos comer : os alimentos cuja venda é legalmente autorizada na Argentina e a forma como devem ser produzidos, transportados e vendidos.

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O CONAL é composto por representantes de todas as províncias e reúne-se cerca de duas vezes por ano para analisar diversos temas. Nos últimos meses, realizou uma consulta pública sobre a incorporação do cânhamo como alimento, na qual foram apresentadas posições a favor e contra diversos setores. Na reunião desta semana, avançou-se na aprovação desta moção, que o Clarín apurou que será publicada nas próximas horas no Diário Oficial.

O que a partir de agora volta a ser oficialmente alimento na Argentina é a semente de cânhamo, além do óleo e da farinha que dela são extraídos. A cannabis já era legal no nosso país até que as Nações Unidas a proibiram em todo o mundo na Convenção Única sobre Drogas de 1961.

“Com isto nasce um novo setor na agricultura e na indústria alimentar”, afirma Francisco Echarren, presidente da Agência Reguladora da Indústria do Cânhamo e da Canábis Medicinal (ARICCAME), eufórico . “A farinha está habilitada e com ela produtos de panificação, biscoitos, muitos subprodutos”, acrescenta. E revela que uma grande empresa alimentar já planeia incorporar a produção de alimentos derivados do cânhamo na nova fábrica que vai inaugurar no norte do país.

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