Ecstasy e cogumelos alucinógenos ganham status legal para fins médicos na Austrália

As substâncias serão restritas à prescrição de médicos devidamente qualificados e seu uso estará limitado a ambientes controlados

Publicada em 03/07/2023

Ecstasy e cogumelos alucinógenos ganham status legal para fins médicos na Austrália

Por redação Sechat

A Austrália deu um importante passo ao permitir que psiquiatras prescrevam ecstasy e psilocibina, substância encontrada em cogumelos alucinógenos, como parte do tratamento para transtornos de estresse pós-traumático e depressão. Com essa decisão, o país se torna pioneiro ao dar sinal verde para o uso de psicodélicos em todo o seu território.

Mas afinal, os "cogumelos mágicos" estão liberados na Austrália? 

Na verdade, as substâncias só poderão ser prescritas por médicos previamente habilitados e utilizadas em ambientes controlados. No entanto, o uso recreativo por adultos não está contemplado nas novas regras.

De acordo com a agência de saúde do país, apesar dos riscos envolvidos, essa decisão foi motivada pela atual falta de opções para pacientes com doenças mentais específicas.

Tendência que vai além da Austrália

Nos Estados Unidos, o estado de Oregon foi o primeiro a permitir que as pessoas utilizem cogumelos sob supervisão médica. Além disso, legisladores da Califórnia, Nova York e Washington também estão lutando pelo direito ao uso terapêutico dessas substâncias. O governo canadense também liberou o uso em casos terapêuticos, inclusive como último recurso para pacientes com câncer terminal.

No entanto, esse tipo de terapia não é acessível para todos. Estima-se que, na Austrália, um curso de sessões de terapia especial com cogumelos possa custar entre US$10.000 e US$17.000.

Terapia com psicodélicos já é realidade no Brasil

No Brasil, a terapia com psicodélicos já é uma realidade. A clínica Beneva, localizada no bairro de Pinheiros, em São Paulo, conta com anestesistas e psiquiatras experientes na administração de compostos psicodélicos como a ibogaína e a cetamina, sendo pioneira no país nesse tipo de tratamento.

Por aqui, o uso dessas substâncias é controlado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que desde 2013, permite a importação desses produtos por meio de autorizações excepcionais e prescrição médica para uso individual.

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