A campanha “Repense o Óbvio”, formada por associações canábicas de todo o Brasil, promoveu na última quinta-feira (8) uma série de diálogos com representantes do Ministério da Saúde, do Ministério da Agricultura e de outros órgãos do Executivo Federal. O objetivo foi reforçar a necessidade de avanços na regulamentação da cannabis medicinal no país.

Com o intuito de influenciar a pauta legislativa, o coletivo protocolou uma carta de intenção nos ministérios e também entregou um manifesto na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. Ambos os documentos foram elaborados durante o seminário realizado na quarta-feira (7), no Memorial Darcy Ribeiro (Beijódromo), localizado no Campus Darcy Ribeiro da Universidade de Brasília (UnB).

Durante o evento, representantes das associações e especialistas apresentaram os principais pontos, desafios e possibilidades para a regulamentação das associações de pacientes de cannabis medicinal.

“É pelo amor aos nossos parentes”, diz fundador da APEPI

Para Marcos Langenbach, diretor e fundador da APEPI (Apoio à Pesquisa e Pacientes de Cannabis Medicinal), o movimento é fruto da união das associações e do amor pelas famílias que dependem da planta:

“É muito importante esse movimento, a união de todas as associações, respeitando as especificidades e diversidades de cada uma delas. E lembrando que tudo isso surge, na maioria das vezes, pelo amor aos nossos parentes. E é esse amor que a gente traz para essa causa. Se a gente olhar para trás, está conseguindo avançar. Devagar, mas está conseguindo. Eu acho que quanto mais a gente se une, mais a gente consegue avançar.”

A campanha segue colhendo assinaturas de apoio da sociedade civil em defesa da regulamentação das associações de pacientes de cannabis medicinal. Até o momento, mais de 6 mil pessoas já assinaram o manifesto.