Cânhamo industrial na América Latina: como a região se tornou o novo hub global sustentável
Da construção civil aos bioplásticos, o cânhamo vive uma expansão sem precedentes na região. Entenda os avanços regulatórios na Argentina e no Paraguai e os desafios que ainda travam o setor
Publicada em 30/12/2025

Imagem Ilustrativa: Canva Pro
O cenário industrial da América Latina está passando por uma transformação silenciosa, mas extremamente lucrativa. O cânhamo industrial, uma subespécie da cannabis com baixo teor de THC, deixou de ser um tabu para se tornar o protagonista de uma nova era de desenvolvimento agrícola e sustentável. Com aplicações que abrangem desde a indústria têxtil até a alta tecnologia de bioplásticos, a planta promete ser a solução para a demanda global por matérias-primas de baixo impacto ambiental.
O mapa da evolução regional
Enquanto o mundo observa o crescimento do mercado, a América Latina desenha caminhos distintos que servem de lição para investidores e reguladores. O avanço não é uniforme, mas revela potências emergentes:
A liderança paraguaia: Com uma abordagem proativa e solo fértil, o Paraguai hoje é referência, demonstrando como políticas públicas claras podem transformar a economia local através da exportação de flores e fibras.
A segurança jurídica argentina: A regulamentação implementada em 2023 trouxe diretrizes transparentes sobre licenciamento, criando o ambiente ideal para a entrada de capital estrangeiro e diversificação da cadeia produtiva.
O contraste colombiano e uruguaio: O setor ainda lida com o paradoxo de países pioneiros na cannabis medicinal que, curiosamente, enfrentam entraves burocráticos e falta de normas específicas para o uso industrial do cânhamo.
Mais que uma planta: uma matéria-prima estratégica
A versatilidade do cânhamo é o que atrai a atenção de setores tradicionais. Na construção civil, blocos de cânhamo estão sendo usados para criar edifícios com pegada de carbono negativa. No setor têxtil, a fibra se apresenta como a alternativa ecológica definitiva ao algodão. Já na indústria cosmética e alimentícia, o alto valor nutricional e as propriedades anti-inflamatórias das sementes e óleos abrem nichos de mercado de alto valor agregado.
Acesse o panorama completo
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