A história da cannabis como remédio começou muito antes de chegarmos aos óleos e produtos padronizados que conhecemos hoje. No episódio do Deusa Cast, podcast do Portal Sechat, a dentista canábica Joyce Bernardo nos leva a uma viagem no tempo, mostrando como a planta começou a ser reconhecida por seu potencial medicinal.
 

“A primeira de todas foi essa impressão da pele”, lembra Joyce, referindo-se aos estudos que datam de meados do século XIX, quando pesquisadores começaram a separar o fruto da folha e perceberam que ali, naquele pó branco, havia propriedades de cura. “Quando eles começaram a observar, viram que tinha um poder de cura e ele agia direto na pele”, explica.

O estudo da cannabis na saúde bucal teve desdobramentos curiosos e surpreendentes. Joyce conta que, desde os primeiros testes, a planta era usada diretamente para alívio da dor nos dentes. Mastigar a cannabis sobre um dente inflamado já proporcionava uma analgesia imediata. Além disso, os pesquisadores perceberam efeitos importantes em situações de sangramentos e xerostomia, problemas que afetam a boca e a saúde geral do corpo.

“A saúde do corpo começa pela boca, e é justamente por aí que os estudos começaram. Com o tempo, foi possível registrar formalmente o uso da maconha em tratamentos odontológicos e compreender seu potencial como analgésico e terapêutico”, reforça Joyce.

No mesmo episódio, o historiador Luiz Fernando Petty contextualiza a trajetória da cannabis no Brasil, desde sua chegada pelos europeus até registros de uso xamânico e espiritual, mostrando que a planta sempre esteve presente na história do país, tanto para fins de cura quanto para práticas culturais e espirituais.

O episódio também aborda a redução de danos, tema cada vez mais relevante. Segundo Joyce, compreender os impactos da combustão na saúde bucal é essencial, e explorar formas mais seguras de consumo é um passo fundamental para unir tradição e ciência.

Acompanhe o corte que selecionamos para vocês compreenderem um pouco sobre a saúde bucal x cannabis com a dentista entrevistada: