Importação de cannabis em SP cresce 6,2% no 1º semestre de 2025

As autorizações da Anvisa para importação de canabidiol em São Paulo cresceram 6,2% entre janeiro e julho de 2025, consolidando o estado como líder em pedidos e refletindo a ampliação do acesso pelo SUS

Publicada em 29/09/2025

 Importação de cannabis em SP cresce 6,2% no 1º semestre de 2025

Anvisa registra alta nas permissões de cannabis em SP e no país | CanvaPro

 

O número de autorizações concedidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para importação de canabidiol em São Paulo cresceu 6,2% entre janeiro e julho de 2025, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Foram 37.309 permissões neste ano, contra 35.141 em 2024. O total corresponde a cerca de 34% de todas as concessões feitas no Brasil nos sete primeiros meses.

 

 


Dados nacionais



Os dados da Anvisa mostram a evolução das solicitações de importação desde 2015. Até agosto de 2025, foram registradas 107.512 autorizações no Brasil, número que mantém a tendência de crescimento constante da última década.


Em 2015, ano em que começou a regulamentação, houve apenas 896 pedidos em todo o país. O número saltou para 18.873 em 2020, período marcado pela pandemia, e alcançou 168.875 em 2024.


O balanço parcial de 2025 já indica um patamar expressivo: somente entre janeiro e agosto foram mais de 107 mil solicitações, o que representa mais da metade do total acumulado em 2024.


A autorização excepcional concedida pela Anvisa, conforme a RDC nº 660/2022, tem validade de dois anos para a importação de produtos derivados de Cannabis para uso pessoal e pode ser renovada mediante apresentação da documentação exigida, incluindo prescrição médica atualizada.

 

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Avanço em São Paulo


O crescimento em São Paulo ocorre em paralelo à ampliação do acesso ao canabidiol pelo poder público. Desde maio de 2024, medicamentos à base da planta podem ser obtidos pela rede estadual de saúde. Na capital, a Prefeitura de São Paulo anunciou em agosto deste ano a distribuição de canabidiol em unidades de referência do SUS.

Os produtos estarão disponíveis em cinco apresentações orais, com e sem THC, e a prescrição será feita exclusivamente por médicos da rede pública capacitados para este tipo de tratamento.


Cobertura no SUS paulistano


Segundo a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), 31 doenças estão inicialmente contempladas pelo programa, entre elas epilepsias, dores crônicas, doenças neurodegenerativas, transtornos do espectro autista, fibromialgia, depressão e algumas patologias reumatológicas.


Para ter acesso, o paciente deve apresentar prescrição médica, cartão SUS ou CPF e assinar um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).