Quando o astro do basquete Carmelo Anthony teve seu nome eternizado no Hall da Fama, ele não celebrou apenas uma carreira, acendeu um novo capítulo em sua trajetória: o lançamento da linha canábica Hall of Flame, em parceria com a cultivadora indígena Skyworld. Esta união vai além do uso de celebridade para impulsionar vendas, ela busca criar um modelo de colaboração autêntica, baseada em disciplina, dados e propósito.

O projeto vai além de uma simples marca: propõe um novo modo de pensar e construir comunidade em torno da cannabis. A linha Hall of Flame, que inclui flores selecionadas, carrega um valor simbólico ao fortalecer a representatividade indígena no setor e transformar o que antes era apenas discurso de marketing em ação concreta.

Raiz, processo e visão de longo prazo

A escolha por Skyworld não foi aleatória. Antes de fechar o acordo, executivos como Jesce Horton visitaram as instalações da cultivadora ainda em construção, o que os impressionou foram os procedimentos operacionais repetíveis, a coleta rigorosa de dados e o domínio sobre litoterapia (o estudo das variedades). 

Para Alex Anderson, cofundador da Skyworld e membro da Nação Tuscarora, os valores compartilhados foram o ponto central da parceria. Mais do que buscar visibilidade, a intenção era encontrar alguém que dividisse o mesmo cuidado, a disciplina e o respeito pelo processo que definem o trabalho da cultivadora.

Anthony não figura apenas como rosto: participa da escolha das cepas (foram avaliadas doze opções antes de se fixar na “Number 7”, cultivada para proporcionar efeito claro, ativo e elevador), fuma os próprios produtos e guia futuras versões com base no feedback que dá. É essa presença ativa que diferencia Hall of Flame de tantos empreendimentos de celebridades que se desfazem com o tempo.

Para além do mercado imediato, o foco é expansão orgânica: iniciar por Nova York e seguir para novos territórios “quando o timing for natural”. A expectativa que permeia o lançamento é de que esse tipo de modelo, colaborativo, culturalmente consciente e com DNA técnico,  possa inspirar novas iniciativas no espaço canábico.
 

Com informações de MJBizzDaily.