O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, na última sexta-feira (12), disse que a maconha faz menos mal que o álcool, droga considerada lícita e capaz de destruir pessoas e famílias, segundo ele. A fala foi feita durante sabatina no 19º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo.

Na oportunidade, Pacheco ainda criticou a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de descriminalizar o usuário de maconha no Brasil, ressaltando que o caminho não é uma deliberação judicial. “A discussão deve envolver ciência, saúde pública, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o Congresso Nacional e o Ministério da Justiça”.

O presidente do Senado também destacou que a decisão do Supremo não acaba com o problema do encarceramento em massa de jovens negro, “infelizmente, eles continuam fruto eventual de abuso do poder policial”, comentou. Para ele, não se pode estabelecer um critério objetivo pelo simples fato de que “alguém portando 50g pode ser usuário e uma pessoa com 10g pode estar traficando”.

Por fim, Pacheco defendeu a PEC 45/2023, de sua autoria, que determina como crime a posse ou porte de qualquer quantidade de droga ou entorpecente. “O objetivo da PEC é apenas manter o status jurídico legislativo atual, valendo-se da decisão administrativa pública da Anvisa, que coloca a maconha como entorpecente ilícito”.