Níveis elevados de metais tóxicos na maconha: um alerta para a saúde
Entenda os riscos de consumir maconha sem padrões de qualidade
Publicada em 04/09/2023

Por redação Sechat
Segundo um novo estudo, pessoas que fazem uso regular de maconha não submetida a padrões de qualidade rigorosos apresentam níveis alarmantes de chumbo e cádmio em seus corpos. Estes metais tóxicos, também encontrados em produtos do tabaco, agora se somam aos perigos do consumo descontrolado de cannabis.
A maconha, classificada como a terceira droga mais consumida no mundo, superada apenas pelo tabaco e pelo álcool, revela um aspecto alarmante.
"Assim como o tabaco, a cannabis é um hiperacumulador de metais", alerta pesquisadora e pós-doutorado na Escola Mailman de Saúde Pública da Universidade de Columbia, em Nova Iorque e uma das autoras da pesquisa, Katlyn McGraw em entrevista ao US News.

MacGraw explica que a cannabis absorve metais do solo, depositando-os em suas folhas, caules e botões. Assim, quando a maconha é fumada ou inalada, as pessoas podem inadvertidamente estar utilizando esses metais tóxicos.
Os riscos associados aos níveis de cádmio incluem uma série de efeitos adversos à saúde, como doenças cardíacas e vasculares. O chumbo, por sua vez, é uma neurotoxina potente, especialmente prejudicial aos jovens, e também está correlacionado com doenças cardíacas.
A pesquisadora ressalta que nos Estados Unidos, onde a pesquisa foi conduzida, a ausência de regulamentação nacional compromete os padrões de qualidade das plantas de maconha.
"Neste momento, é imperativo que estabeleçamos regulamentações federais para garantir que os produtos recém-chegados ao mercado sejam estritamente controlados quanto a contaminantes, abrangendo não apenas metais, mas também pesticidas, mofo e outras substâncias prejudiciais", enfatiza.
Ela reitera os consumidores a estarem cientes do risco potencial de exposição a metais tóxicos ao adquirirem maconha.
"É essencial considerar a quantidade e a frequência do uso da maconha, pois isso pode representar uma exposição contínua a esses metais nocivos, sabidamente prejudiciais à saúde", adverte McGraw, que reforça que a hora é de olhar além da cannabis como uma simples planta recreativa e iniciar uma conversa sobre a importância de regulamentações para proteger a saúde pública diante desse desafio crescente.