Cães portadores de dermatite atópica serão selecionados para experiência com cannabis
Com início em agosto de 2023, a pesquisa conta com apenas um cachorro, ao todo são necessários 20 animais para se obter um resultado mais expressivo.
Publicada em 19/06/2024
Carollina e Saulo (orientador) mostram como é a aplicação do óleo nos cães. Imagem/ Arquivo UFSM
Visando avaliar o efeito do óleo de cannabis no tratamento da dermatite atópica canina (DAC), um projeto de doutorado da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria) está selecionando cães portadores da doença. Iniciado em agosto do ano passado, o estudo conta somente com a participação de George, um shih tzu de seis anos. Segundo a médica veterinária e executora da pesquisa, Carollina Mariga, o projeto precisa (e muito) de novos voluntários. Ao todo, a doutoranda espera analisar 20 cães.
Para que o animal seja selecionado, existem alguns critérios: ser de porte pequeno, estar em tratamento (ou aceitar iniciar) com ciclosporina ou Apoquel, e ter o diagnóstico de dermatite atópica. Conforme Mariga, o ideal seria encerrar os acompanhamentos junto aos tutores ainda este ano para, em 2025, realizar a análise dos dados coletados.
O processo de acompanhamento do cachorro dura três meses. Durante esse período, o tutor precisa comparecer ao Hospital Veterinário Universitário da UFSM quatro vezes. O valor do ciclo completo fica em R$65.
Fechando o segundo mês de tratamento, George, usuário de Apoquel e óleo de cannabis, segundo seu tutor, já apresentou melhoras significativas na pele, diminuindo os machucados e a coceira.
Como resultado, a médica veterinária espera encontrar uma diminuição na dosagem dos medicamentos convencionais e uma melhora na barreira cutânea devido aos efeitos anti-inflamatórios, antipruriginosos e analgésicos do sistema canabinoide na pele. Para participar do projeto, basta entrar em contato pelo número (55) 98119-5848 (Carollina Mariga).