A Goland, uma jovem startup uruguaia especializada em alimentos à base de sementes de cânhamo, está pronta para conquistar o mercado norte-americano. Após cinco anos de desenvolvimento e um investimento de US$ 400 mil em pesquisa e infraestrutura, a empresa conseguiu a aprovação da Food and Drug Administration (FDA) para comercializar seus produtos nos Estados Unidos.

Depois de se consolidar no Uruguai com uma produção mensal de 5 mil unidades e uma clientela fiel em lojas de produtos naturais e supermercados locais, a empresa está pronta para expandir. Inicialmente, a empresa lançará três produtos na Amazon: óleo, proteínas e sementes de cânhamo. Segundo Andrés Sosa, CEO da Goland em entrevista ao ElPaís, este é apenas o começo. "Nos próximos 90 dias, nossos primeiros três produtos estarão disponíveis, e planejamos lançar mais três até o final do ano", explicou o empresário.

Para entrar no mercado americano, a Goland precisou adaptar suas embalagens para cumprir as normas e preferências locais, contando com o apoio do instituto Uruguai XXI e do programa de Desenvolvimento Exportador da Câmara das Indústrias do Uruguai (CIU), ambos apoiadores da Medical Cannabis Fair e do Congresso Brasileiro da Cannabis Medicinal 2024.

Além de estabelecer uma presença sólida na Amazon, a Goland está em negociações para vender seus produtos em outras plataformas de e-commerce como eBay e grandes varejistas como Walmart. Esse movimento faz parte de um plano de expansão internacional mais amplo, que inclui a entrada nos mercados do Chile, Argentina e Peru.  

Atualmente, a maior parte das vendas da empresa vem de proteínas de cânhamo, que representam 60% das vendas totais, com o óleo e as sementes dividindo os 40% restantes. A empresa não pretende parar por aí. Para este ano, Goland planeja lançar três novos produtos: café com cânhamo, manteiga de amendoim com cânhamo em colaboração com uma empresa de Maldonado, e granola de cânhamo.