Vai viajar? Entenda como transportar sua cannabis medicinal com segurança
A advogada Carla Coutinho, especialista em direito canábico, explica no Deusa Cast quais cuidados adotar ao viajar com cannabis medicinal, as diferenças entre transportar óleo e flores e a importância do salvo-conduto para evitar problemas legais
Publicada em 24/10/2025

A advogada Carla Coutinho explica o que é permitido no transporte de óleo e flores de cannabis durante viagens no Brasil e no exterior | CanvaPro
No episódio #47 do Deusa Cast, a advogada e colunista do Portal Sechat, Carla Coutinho trouxe orientações valiosas para quem faz uso terapêutico da cannabis e precisa viajar. A especialista em direito canábico ressaltou que o transporte do óleo de cannabis, desde que acompanhado de prescrição médica, é permitido em território nacional.
“Se você está usando óleo e tem prescrição médica, eu não visualizo nenhum problema. Vá firme, porque você não está fazendo nada de errado, está cuidando da sua saúde e do seu direito fundamental”, orientou a advogada.

Por outro lado, transportar flores ou sementes, mesmo com prescrição, ainda é considerado arriscado no Brasil. Carla explica que, sem um salvo-conduto (autorização judicial obtida via Habeas Corpus), é provável que a substância seja retida durante abordagens em aeroportos. “Eu não oriento que você viaje com flor, mesmo dentro do Brasil. Acho arriscado e precário, porque o protocolo policial é muito rígido. Até que você explique, pode perder o voo e passar por um constrangimento desnecessário”, alertou.
E quando a viagem é internacional?
A atenção deve ser redobrada. Cada país possui regras próprias sobre o uso e o transporte de cannabis medicinal, e desconhecê-las pode gerar sérios problemas legais.
“É importante entender a legislação do país de destino. Em lugares como Portugal ou Estados Unidos, por exemplo, não dá pra levar cannabis, mesmo com prescrição. Já no sentido inverso, de Portugal para o Brasil, se houver salvo-conduto e prescrição, não vejo problema”, explicou Carla.
A advogada destaca que o ideal é consultar a legislação local e evitar o transporte de qualquer produto canábico sem amparo jurídico.
O episódio também aborda temas como o direito à saúde, os desafios do autocultivo com Habeas Corpus e a experiência pessoal de Carla com o uso medicinal da planta, incluindo sua jornada de autocuidado e superação do burnout, confira:



