Paraguai quer produzir Cannabis para exportação

Nos últimos meses o Paraguai adotou medidas mais flexíveis em relação ao cultivo da Cannabis

Publicada em 18/08/2020

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O chefe da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) do Paraguai, Arnaldo Giuzzio, anunciou que o país estuda a possibilidade de regulamentar sua produção para o mercado internacional.

Esta é uma das ações propostas pela Senad na esfera legislativa e corresponde à "nova abordagem" que Arnaldo Giuzzio quer dar à secretaria, para que se concentre na "administração e controle das drogas", disse ele em conferência. “Que por meio de uma lei seja permitido o cultivo controlado de Cannabis para fins de exportação. Existem mercados importantes no mundo que permitem o consumo da Cannabis de uso adulto. Isso, necessariamente, tem que ser feito por meio de uma lei”, disse.

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Embora no momento isso seja somente uma possibilidade, nos últimos meses o Paraguai adotou medidas mais flexíveis em relação ao cultivo da maconha, como a concessão de licenças para a produção medicinal de Cannabis.

No entanto, a Justiça condena a produção sem autorização, como aconteceu no caso de Édgar Martínez, um paraguaio condenado em outubro de 2019 a cinco anos de prisão por produzir óleo de Cannabis em casa.

Decreto que regulamenta a produção de cânhamo e Cannabis é de 2019

O presidente paraguaio Mario Abdo Benitez assinou em novembro de 2019 o decreto que regulamenta a produção controlada de cânhamo industrial ou Cannabis, permitindo o cultivo por produtores da agricultura familiar.

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O novo regime de produção e industrialização da planta mira os pequenos agricultores, que poderão crescer nesta nova área, com uma variedade de plantas da cannabis com menor porcentagem de psicoativos. 

O governo permite, no máximo, dois hectares de plantio de cânhamo por família. Além da entrada no país de sementes para estudos técnicos pelo Instituto Paraguaio de Tecnologia Agrária (IPTA).

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O Ministério da Agricultura do país calcula que cerca de 25 mil famílias poderá participar do cultivo da cannabis industrial, com possibilidades de duas colheitas ao ano, com preço de 10 milhões de guaranis por hectare.

Duas empresas brasileiras e uma subsidiária dos Estados Unidos demostraram interesse no cultivo, visando o setor alimentício, de fibras, azeite e outros.

Fontes: com informações do site Última Hora/EFE e Rádio Cultura Foz