Por João R. Negromonte

Depois do tetrahidrocanabinol (THC), o canabidiol (CBD) é o segundo canabinóide mais abundante da cannabis, compondo até 40% do extrato da planta. Diferentemente do THC, porém,  não causa efeitos psicoativos, isto é, não dá o famoso “barato”.

No entanto,  afeta seu corpo de outras maneiras, estimula receptores cerebrais, como CB1 e CB2, que auxiliam na redução de dores crônicas, ansiedade e inflamações. Também  interrompe a degradação da anandamida - substância química conhecida como “molécula da felicidade” , permitindo  que ela  permaneça ativa por mais tempo, ajudando na qualidade de vida e no aumento da função cerebral.

Contudo, outras funções ainda pouco conhecidas do CBD dão luz a novos estudos e pesquisas que ganham cada vez mais autoridade no meio científico. Acompanhe  alguns distúrbios em que o canabidiol se apresenta como alternativa fitoterápica no de tratamento de doenças e descubra uma série de  curiosidades sobre o composto:

> CBD engorda? 

Ao contrário do que muita gente pensa, pesquisa preliminar sugere que o CBD pode reduzir a ingestão de alimentos e aumentar o metabolismo, promovendo a perda de peso.

Estudos em animais também indicam que o canabinoide afeta o peso interagindo com os receptores CB1 e CB2 no tecido linfóide e no cérebro. Acredita-se que esses receptores desempenhem papéis importantes na redução de apetite..

Em um estudo de duas semanas, ratos foram injetados com CBD diariamente em doses de 1,1 e 2,3 mg para cada 400g de peso corporal. Em ambos os casos houve redução significativa no peso corporal, com a dose mais alta ocorreu o efeito mais pronunciado. É importante observar que o CBD foi injetado, não administrado por via oral.

Em outro levantamento com ratos, o CBD provocou uma diminuição  significativa na ingestão de alimentos em comparação com outros canabinóides, incluindo canabigerol (CGB) e canabinol (CBN).

Embora os resultados sejam promissores, testes em humanos ainda são necessários para apoiar tais evidências. 

> Canabidiol para autoestima

A baixa autoestima é algo que muitas pessoas experimentam em algum momento da vida. Existem muitas situações estressantes nas quais nossos níveis de confiança são acionados para baixo, como fazer discursos para  uma multidão, ou primeiro encontro com alguém que você julga inacessível.

O medo de ser diferente pode afetar não apenas o comportamento mas também a saúde e bem-estar geral. É normal sentir-se constrangido de vez em quando, mas é preciso cuidado pois, uma evolução para algo mais grave, pode se transformar em um grande problema. 

Então, como o CBD pode ajudar a aumentar sua auto-estima? Infelizmente, não estamos falando aqui de  uma poção mágica ou uma panaceia que possa remediar todos os males. No entanto, incorporar  gomas, cápsulas, óleos ou outros produtos infundidos de CBD na vida diária, associado a  uma rotina saudável, pode fazer uma grande diferença.

Para algumas pessoas com baixa autoestima, a depressão e a ansiedade são os principais problemas incapacitantes. Mesmo escolhas simples, como o que vestir ou comer, podem levar alguns indivíduos a um ciclo interminável de dúvidas e críticas.

Nestes aspectos, o CBD pode ser um grande aliado. Confira: 

> CBD pode proteger o fígado?

Estudo realizado em 2019, mostra que o CBD pode reduzir significativamente o estresse do álcool no fígado e no cérebro. Útil para o metabolismo, a digestão e a saúde geral do organismo,  o canabidiol, de acordo com a pesquisa, e ao proteger as células fígado do consumo excessivo de álcool, ajuda a evitar certos tipos de câncer, doença hepática ou pancreatite.

Alivia os sintomas da abstinência

Tremores, sudorese excessiva, agitação, perda de apetite, náusea e ansiedade são alguns dos sintomas da abstinência. O canabidiol, como já se sabe, é usado para combater muitos deles, especialmente náusea e ansiedade. Além disso, um estudo de 2013 descobriu que o CBD reduz  a compulsão a  cigarros naqueles que tentavam parar de fumar. Isso sugere que o canabinóide também seja eficaz para conter outros vícios, além do alcoolismo.