Senadora defende uso medicinal da cannabis
“A regulamentação da cannabis e o acesso gratuito por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) são passos essenciais”, disse Teresa Leitão
Publicada em 29/11/2023
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Por João Negromonte com informações de Agência Senado
A senadora Teresa Leitão, representante do PT-PE, reforçou seu compromisso com a implementação de políticas públicas de saúde fundamentadas em pesquisas científicas durante seu pronunciamento no Plenário na última terça-feira (28). Seu enfoque foi a defesa veemente do uso medicinal da cannabis, respaldado por estudos que comprovam os benefícios terapêuticos dos canabinoides, incluindo o CBD e o THC.
Veja um trecho da fala da Senadora
Em suas palavras, a senadora destacou a importância de adotar abordagens embasadas em evidências científicas, afirmando que a ciência aponta para a segurança e os benefícios do uso dessas substâncias no tratamento de diversas condições médicas, desde dores crônicas até transtornos neuropsiquiátricos, como a doença de Parkinson.
"Precisamos produzir políticas públicas baseadas em evidências científicas. Se a ciência aponta a segurança e os benefícios do uso de canabinoides para o tratamento de determinadas doenças, talvez seja preciso encarar o fato de que a substância não é um problema moral, mas sim pode ser a agenda e a legislação atuais, como muitos estados estão fazendo", enfatizou a senadora.
Teresa Leitão ressaltou a relevância dos projetos de lei em tramitação no Congresso, como o PL 4.776/2019, que aborda o uso medicinal da planta. Ela fez um apelo para a aprovação dessas propostas, destacando que o tema, frequentemente tratado com "preconceito e desinformação", requer uma abordagem cautelosa e a capacitação adequada de profissionais de saúde.
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"A regulamentação da produção nacional de medicamentos à base de cannabis e o acesso gratuito da população por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) são passos essenciais. É preciso ampliar a capacitação de médicos e de outros profissionais de saúde para que possam ter o conhecimento atualizado, prescrever e tratar com mais confiança essa medicação. Para que possamos produzir esses medicamentos no nosso território, como faz o Uruguai, é preciso antes regular essa possibilidade. Não pode ser uma coisa aleatória, tem que ser regulada com a finalidade de uso medicinal, porque isso só vem sendo viabilizado por decisões judiciais", concluiu a senadora.