Dia Nacional da Cannabis Medicinal será comemorado em Brasília
InformaCANN promove ato em defesa da planta na capital do país.
Publicada em 23/11/2021
Curadoria e edição Sechat, com informações de InformaCANN
Para marcar a data e fomentar o debate sério e sem preconceito em torno do tema, a InformaCANN convoca parlamentares, pacientes, ativistas, associações e apoiadores da causa para uma grande mobilização no dia 24, próxima quarta-feira.
O objetivo é fazer um mutirão de conscientização sobre os benefícios da
cannabis em dia de maior movimento no Congresso Nacional, já que o dia
oficial, 27 de novembro, cai em um sábado.
A missão do ato é abastecer o parlamento com informações técnico-cientificas para eles estejam preparados na hora de votar o Projeto de Lei 399/2015, que regulamenta a cannabis para fins medicinais e o cânhamo industrial no Brasil.
Desde 2015, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autoriza a
entrada de medicamentos com extratos da planta no país. No ano de
abertura, foram importados 2.550 remédios fabricados com canabidiol (CBD) e tetrahidrocanabinol (THC), os principais e mais conhecidos ativos terapêuticos da planta.
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A importação de medicamentos à base de cannabis neste ano de 2021 é a
maior da história. Até outubro foram trazidos ao país mais de 66 mil remédios que usam a substância (o equivalente a 13 milhões de dólares). Até quando o país será refém de matéria prima e importações?
Muitos desconhecem essa informação e ignoram o fato de que medicamentos como o Mevatyl, têm autorização da Anvisa para serem comercializados nas farmácias a custos exorbitantes: cerca de R$ 2.800 mensais.
O acesso restrito à saúde vai contra a Constituição. A Carta Magna assegura
em seu texto o "acesso universal e igualitário às ações e serviços para a sua
promoção, proteção e recuperação da saúde". É dever do Estado garantir esse acesso à toda população.
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Como forma de driblar os altos custos de importação, a sociedade civil tem se organizado por meio de associações de pacientes para o cultivo da planta e extração do óleo medicinal de forma artesanal. Hoje, há cerca de 70
associações em todo Brasil e a grande maioria opera sem autorização judicial para produção do fitoterápico.
Pacientes conquistam na justiça, com cada vez mais frequência, o direito de
cultivo em casa mediante prescrição médica. Dados levantados por meio da
Lei de Acesso à Informação relevam que dos 500 mil médicos brasileiros,
apenas 2.100 são prescritores de cannabis (Anvisa).
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, há mais de 45 mil pacientes da planta hoje. Com a regulação, a previsão é de que 13 milhões de brasileiros sejam beneficiados.
Também é importante destacar a crescente produção acadêmica sobre o assunto. Só na PubMed - uma das mais importantes bases de dados de pesquisas sobre biomedicina e ciências - há mais de 26.700 estudos científicos sobre a cannabis.
A Universidade de São Paulo (USP) é a maior produtora de pesquisas sobre a planta no mundo apesar das restrições que o país sofre por falta de leis de
regulamentação, inclusive, para estudos/pesquisa que envolvam a planta da
cannabis.
Os políticos e a sociedade não podem ignorar o fato de que com a regulação
da cannabis e do cânhamo industrial, através da aprovação do PL399/2015, o Brasil pode movimentar mais de R$ 4,5 bilhões de reais por ano e levar
qualidade de vida a milhares de pessoas.
Um país agrícola com plena capacidade para um mercado 100% nacional e
competitivo não pode adiar essa pauta!
SERVIÇO:
Data: 24 de novembro
Local: Salão Verde - Congresso Nacional - Brasília
Hora: 16 horas