Estudo aponta que não há ligação entre maconha com alto teor de THC e psicose

O estudo envolveu 410 jovens (com idades entre 16 e 24 anos) que usaram maconha pelo menos uma vez por mês durante um ano

Publicada em 08/08/2023

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Por Redação Sechat com informações de El Planteo

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Cientistas da Universidade de Bath, na Inglaterra, conduziram um estudo sobre os efeitos da cannabis na saúde mental, especificamente em relação à ansiedade, depressão e psicose. Embora estudos anteriores tenham apontado uma conexão fraca entre a potência da cannabis e a depressão/ansiedade, os resultados desta pesquisa indicaram que não há associação significativa entre a preferência por cannabis de alta potência ou concentração de THC e sintomas de psicose.

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O estudo envolveu 410 jovens (com idades entre 16 e 24 anos) que usaram maconha pelo menos uma vez por mês durante um ano. Os testes realizados após o consumo da maconha não mostraram aumento significativo no risco de sintomas de psicose relacionados ao alto teor de THC. Entretanto, foi identificada uma conexão mais fraca entre a potência da cannabis e a depressão/ansiedade.

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Estudo aponta que não há ligação entre maconha com alto teor de THC e psicose

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Embora haja pesquisas em andamento para entender completamente essas relações, é importante abordar esses temas sensíveis com responsabilidade, garantindo que informações precisas sejam fornecidas para evitar mal-entendidos ou disseminação de dados enganosos. A saúde mental e o uso de substâncias requerem atenção cuidadosa e abordagens bem fundamentadas.

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O presidente da Argentina, Alberto Fernández, assinou um decreto histórico que regulamenta a Lei 27.669, marcando um marco significativo na legalização da cannabis no país sulamericano. A partir de agora, os argentinos estão preparados para entrar em um novo capítulo econômico, permitindo a produção e consumo da planta em diversas formas, desde alimentos até cosméticos.

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A legislação, sancionada em maio de 2022, abriu caminho para a criação de uma cadeia de produção e comercialização local ou para fins de exportação da planta, suas sementes e seus derivados destinados ao uso medicinal, pesquisa científica e uso industrial. A medida é apontada como um resultado de consenso legislativo, originado a partir de uma iniciativa do Poder Executivo Nacional, visando atender às demandas da sociedade em relação aos benefícios da cannabis para diferentes fins.

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O governo argentino demonstra otimismo em relação aos resultados econômicos dessa nova indústria, estimando a criação de aproximadamente 10.000 empregos nos primeiros anos. Esse número é baseado apenas na demanda por produtos medicinais derivados da planta, destinados a cerca de seis milhões de usuários potenciais. Além disso, o governo se compromete a priorizar pequenas e médias empresas, cooperativas e economias regionais.

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Um dos aspectos mais notáveis do novo marco regulatório é a definição de limites para a presença de tetrahidrocanabinol (THC) nas plantas de cannabis. A legislação considera “cannabis psicoativa” aquelas plantas que possuam mais de 1% de THC em sua composição química. Isso abre espaço para a fabricação legal de produtos à base dessa substância, desde que estejam dentro dos limites estabelecidos.