Membro da Frente Parlamentar Evangélica defende a regulamentação do cultivo da cannabis para fins medicinais
O deputado coronel Chrisóstomo se surpreendeu ao conhecer o vestido produzido com a fibra da planta e disse que se tiver controle também apoia o plantio para aplicações industriais
Publicada em 31/03/2022

Por Manuela Borges
O deputado federal, coronel Chrisóstomo (PL/ RO), vice-presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e membro da Frente Parlamentar Evangélica da Câmara dos Deputados, ficou surpreso em conhecer a versatilidade do uso industrial da cannabis e as propriedades regenerativas e de produção negativa de CO2 no cultivo da planta.
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Ao ser questionado se é favorável ao Projeto de Lei 399/2015 - que regulamenta o cultivo da cannabis em solo brasileiro para fins medicinais e industriais – o parlamentar disse que vota a favor desde que haja controle. De acordo com o político, o assunto foi amplamente discutido dentro do partido, com os demais integrantes da Frente Parlamentar Evangélica e, inclusive, com o próprio presidente da Casa, Arthur Lira. “Conversamos exatamente sobre cannabis. Como utilizar para saúde e de que forma? A maior dificuldade foi a abertura do texto. Ficou muito amplo. Afinal de contas, qual é o tamanho da necessidade para utilizar a cannabis para a saúde? E, se essa abertura exceder demais, depois o que fazer com esse excesso?”, questiona o coronel.
Muito embora o deputado tenha afirmado que o projeto foi amplamente discutido, o militar reconheceu que não conhece as mais de 25 mil utilidades do cânhamo industrial e se surpreendeu ao ser apresentado a um tecido 100% produzido com a fibra da cannabis. “Que legal, olha só! Daqui a pouco vai aparecer alguém dizendo assim: olha aqui um paletó que veio da cannabis. E por que não, né? Desde que seja para o bem, eu sou totalmente favorável! Para esse tipo de atividade (tecelagem), com certeza eu sou favorável. Sem dúvida nenhuma! Lógico, tudo dentro de um controle, dentro da legalidade, para que a gente não possa perder essa vontade de fazer o bem para as pessoas”, defendeu o deputado.
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O deputado Chrisóstomo, que carrega a bandeira de defesa do meio ambiente, também desconhecia as propriedades sustentáveis da cannabis - uma planta que se comparada ao algodão requer três vezes menos água no cultivo e ainda produz cinco vezes mais matéria seca. A fibra do cânhamo ainda pode substituir o cultivo de eucalipto na produção de papel. Enquanto uma árvore demora, em média, sete anos para ser derrubada e virar celulose, em menos de seis meses a planta da cannabis pode ser colhida para se transformar em papel.
Outra informação importante que a maioria dos deputados e senadores desconhece é o fato de que o cultivo da cannabis pode regenerar solos degradados com a absorção de metais pesados, como chumbo e zinco, por exemplo. Para completar as qualidades de planta ecologicamente correta, a cannabis reduz a emissão de gás carbônico no planeta, ao absorver mais CO2 do que devolver à atmosfera. “Sem dúvida nenhuma temos que aprofundar o assunto, de forma que se nós focarmos dentro da necessidade da questão de medicamentos e também, quem sabe, na parte de industrialização, como por exemplo o vestido apresentado aqui, quem sabe, lá na frente, traremos de volta essa proposta de lei e vamos votar de forma favorável, desde que tenha controle”, concluiu o coronel.
Confira a entrevista completa:
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