Ações de cannabis mostram sinais de recuperação após quedas em 2025
Apesar de queda acumulada de 20,3% no ano, papeis do setor apresentam alta de 7,8% no trimestre, superando o S&P 500
Publicada em 20/05/2025

Imagem: Canva Pro
As ações de cannabis, que acumulam queda de 20,3% em 2025, conforme o NCV Global Cannabis Stock Index, mostraram forte recuperação em relação às mínimas registradas no início de abril. No acumulado do segundo trimestre, o índice subiu 7,8%, desempenho que supera o do S&P 500, que avançou 5,0% no mesmo período.
O trimestre foi marcado por grande volatilidade, com cinco ações apresentando uma queda maior que 10% e três uma crescente superior à 15%. As maiores quedas vieram, em sua maioria, de MSOs (operadoras multi-estatais), com exceção de uma empresa mais diversificada. Por outro lado, as altas foram registradas por empresas com atuação diversificada.
O índice é rebalanceado a cada trimestre e atualmente inclui 23 ações. Os critérios de inclusão exigem cotação acima de US$0,50 e volume de negociação adequado, verificado no rebalanceamento de 31 de março. Entre os destaques, o setor de serviços auxiliares (Ancillaries) representa 38,6% do índice, seguido por MSOs e LPs canadenses, que juntos somam mais de 26%. Há ainda a presença de uma empresa de biotecnologia que é uma varejista canadense.
Destaques positivos e oportunidades
Das 23 ações do índice, quatro estão no azul em 2025 — três delas com ganhos acima de 10%. Entre as que se destacaram positivamente está a Turning Point Brands.
Já as cinco maiores quedas no segundo trimestre superam a própria desvalorização do índice. A Tilray Brands foi a maior perdedora no acumulado do ano, com recuo de 66,8%, incluindo uma queda de 9,0% no 2T.
Ações fora do índice também chamam atenção
Ações fora do índice também têm demonstrado potencial. Um exemplo é a Village Farms, que teve alta de 29,7% no ano, após anunciar o desmembramento de sua divisão agrícola.
Apesar de não estar no índice que busco superar, mantive a ação na carteira por algum tempo. Ela continua subavaliada, embora eu tenha reduzido minha exposição após a valorização recente.
Artigo de Alan Brochstein, CFA publicado em New Cannabis Ventures