Estudo avalia Implementação de um projeto modelo de distribuição de cannabis em farmácias alemãs

Chefe de Saúde de Wiesbaden assinou uma declaração de intenções que busca regulamentar a venda de cannabis priorizando a segurança e a saúde pública

Publicada em 03/09/2024

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No dia 15 de agosto, Milena Löbcke, Chefe de Saúde de Wiesbaden, cidade na Alemanha, assinou uma declaração de intenções, marcando o primeiro passo para a implementação de um projeto modelo de distribuição de cannabis em farmácias. A iniciativa, decidida pelos vereadores da cidade no final de 2021, visa desenvolver uma abordagem colaborativa com outras cidades alemãs para regulamentar a venda de cannabis, priorizando a segurança e a saúde pública.

O projeto contará com o apoio científico do Centro de Pesquisa Interdisciplinar sobre Dependências de Hamburgo e será liderado pela Cannabis Research Germany Association. Farmácias especializadas em Wiesbaden serão consideradas como pontos de distribuição, aproveitando sua experiência na venda de cannabis medicinal.

No material distribuído à imprensa, Löbcke destacou a importância de combater o mercado negro e proteger a saúde, especialmente dos jovens. Segundo ela, garantir que a distribuição seja feita sob rigorosos padrões farmacêuticos é o caminho para atingir esses objetivos.

“A participação da cidade de Wiesbaden no projeto modelo também garante a proteção dos nossos interesses municipais e a estreita integração com o trabalho de prevenção nas instalações de ajuda à dependência. Isso coincide com uma das mais renomadas instituições de pesquisa alemãs e uma associação patrocinadora que adquiriu grande experiência nos testes de modelos suíços. Estes são excelentes pré-requisitos para um projeto modelo de sucesso em nossa cidade”, afirmou Löbcke.

A participação de Wiesbaden no projeto modelo será confirmada após a aprovação final pelo Departamento Federal de Alimentação e Agricultura.

A Alemanha legalizou a cannabis em abril de 2024, mas, em um primeiro momento, permitiu sua distribuição apenas em clubes de cannabis não comerciais, com até 500 associados. O país vem estudando a criação de programas-piloto para comercialização em estabelecimentos e farmácias.