Cannabis, o insumo do futuro: especialistas debatem o futuro do setor canábico durante palestras do CBCM

Duas mesas do CBCM dichavam o mercado da cannabis e ressaltam a importância dos profissionais do setor

Publicada em 23/05/2024

Capa do artigo

Cannabis e futuro não são sinônimos, mas com certeza estão relacionados. Por isso, as mesas “2030: explorando as fronteiras do futuro da cannabis no Brasil e no mundo” e “As profissões do futuro com o setor da cannabis”, do módulo Business Cannabis, exploram as possibilidades do mercado durante os próximos anos.

 

Composta por três empresários, Maria Eugênia Riscala, Diego Navarro e Marcelo Galvão e, ministrada pela jornalista Anita Krepp, a primeira mesa apresentou uma panorama da planta no Brasil e no mundo, "O maior problema nos países onde a cannabis foi liberada é a falta da educação e políticas públicas. A pauta precisa ser debatida dentro das escolas", afirma a co-fundadora da Kaya Mind, Maria Eugênia.

 

Durante a palestra, o otimista Marcelo, fundador da OnixCann, relatou que, com a legalização e regulação da cannabis, cerca de 40 milhões de pessoas poderiam utilizar a planta, mesmo que não ao mesmo tempo. 

 

Capacitando profissionais

 

Já na segunda mesa, Ana Júlia Kiss, Danilo Lang e Cidinha Carvalho conversaram sobre como unir profissionais das mais diversas áreas ao setor da cannabis. "Tecnologia, recursos humanos, varejo, logística, jurídico, medicinal, cultural, a cannabis está presente em todos os campos", afirma o fundador da Cannabis Empregos, Danilo.

 

Ainda segundo Lang "o ecossistema suporta mais de 315 profissões, atuando principalmente em três campos: medicinal, industrial e adulto". 

 

Após questionamento do público sobre como "se capacitar no setor, tendo em vista que não se ensina cannabis nas salas de aula", o mediador, Marcus Bruno, afirmou que várias universidades do Brasil, como a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Universidade Federal de Viçosa (UFV), Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e outras, já oferecem cadeiras sobre o tema.

 

20240523_165448.jpg
Cidinha, Danilo Lang e Ana Júlia Kiss, da esquerda para a direita, durante palestra do CBCM

 

Semelhante ao pensamento de Riscala, palestrante da mesa anterior que ressaltou a necessidade de ter o cânhamo ente os compostos de um produto e não como uma linha momentânea, Ana Júlia explicou porque a empresa HUMORA tem óleos com "pouco CBD".

 

"Curcumina para inflamação e TPM, valeriana para dormir, e fitocanabinoides. Nosso produtos são diversos para melhor atender os diversos públicos", afirma Júlia, fundadora da empresa focada no bem-estar e prazer feminino.
 

Representante das associações da cannabis e presidente da Cultiva, Cidinha salientou a importância das profissões "pioneiras" dentro do setor, como os jardineiros, pioneiros no processo de produção dos medicamentos à base da planta. 

 

Para o congressista, Gustavo Vasconcelos, empresário e futuro empreendedor do mercado canábico, a palestra foi produtiva. "Essa é a primeira vez que participo do Congresso, ainda estou conhecendo a pauta, realmente surpreendente. É um momento de aprendizado".