Comercialização de sementes e clones de cannabis psicoativa avança com novas licenças

IRCCA aprovou a comercialização de sementes e clones psicoativos o que deve fomentar o mercado legal e as exportações do Uruguai

Publicada em 16/12/2024

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Laboratório da Antera Garden Supplies Imagem: Divulgação

O Instituto de Regulação e Controle do Cannabis (IRCCA) do Uruguai aprovou a comercialização de sementes e clones psicoativos para clubes de membros, empresas de cannabis medicinal e autocultivadores registrados​. As resoluções nº 41/2024 e nº 42/2024 garantem as semeadora/viveirista Santiago Navratil e Artigos para Jardim Antera a validade dos trabalhos até novembro de 2027.

A distribuidora Antera Garden Supplies, especialista em produtos para cultivo, em parceria com o banco de sementes Ripper Seeds, está prestes a receber a primeira remessa de sementes. Segundo Máximo A. Gragera Cordero, gerente de vendas da empresa, a distribuição irá começar assim que os produtos chegarem. 

Até ao momento, o banco de sementes registou quatro variedades, Shimo, Radical Juice, OMG e KmintZ. Máximo destacou que a empresa pretende registrar todo o catálogo, especialmente as novas variedades que surgem anualmente.

A venda de clones está prevista para começar em março de 2025. A licença obtida não permite a terceirização das vendas, que ocorrerão exclusivamente pelos canais oficiais da empresa. “A compra será mediante solicitação prévia de registro e estará disponível apenas para maiores de 18 anos”, explica Máximo.

 

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Plantação da Antera Garden Supplies. Imagem: Divulgação

 

A expectativa da empresa é atingir a marca de 2.000 clones vendidos por mês. Além disso, Máximo conta que a distribuidora já firmou parcerias estratégicas com clubes e empresas do setor de cannabis medicinal no Uruguai e na Argentina.

 

Expansão internacional e exportação

 

A exportação de sementes e clones é uma prioridade. “Agora, dependemos da capacidade das contrapartes de importação, o que envolve registros e autorizações locais”, afirma Máximo. A empresa já exporta sementes não psicoativas para países como Brasil, Equador, Costa Rica e Argentina há cerca de cinco anos.

 

Inovação no fornecimento de genéticas

 

A motivação para solicitar a licença de semeadora/viveirista surgiu dos desafios apresentados nos clubes de cannabis no Uruguai. Durante as visitas, a equipe da Antera encontrou dificuldades em manter plantas-mãe e clones de forma eficiente, o que resultou em custos extras com energia, espaço e insumos.

“Com a compra legal de clones, os clubes podem eliminar a necessidade de manter plantas-mãe, reduzir custos e aumentar a segurança em termos de rastreabilidade”, explica Máximo. “Esse é um serviço inovador que será bem recebido por muitos clubes”, finaliza.