O serviço de análise de substâncias Energy Control, na Espanha, identificou comprimidos de ecstasy com doses de MDMA muito acima do normal, alguns ultrapassando 360 mg por unidade. 

Para comparação, a Agência Europeia de Drogas considera alta potência qualquer pastilha que contenha mais de 150 mg da substância.

Esses números, segundo a apuração do portal Cañamo, chamam atenção não apenas pelo valor, mas pelo que representam: um risco real para quem consome sem saber o que está tomando. A mesma análise mostrou que, em 2023, já havia registros de comprimidos com 371 mg de MDMA, sinalizando uma tendência preocupante no aumento da concentração dessas substâncias.

Potência elevada, riscos ampliados

Com doses tão altas, os efeitos adversos também se tornam mais severos. Entre os principais riscos estão crises de ansiedade, elevação extrema da temperatura corporal, complicações cardíacas e até síndrome serotoninérgica, uma condição grave causada pelo excesso de serotonina no cérebro.

Além da potência, há outro fator que agrava o cenário: a variação entre lotes e a presença de comprimidos falsificados, muitas vezes com outras substâncias sintéticas. 
 

Essa incerteza torna o consumo ainda mais perigoso, já que o usuário raramente tem informações seguras sobre o que está ingerindo.

A saída para reduzir danos passa por informação, testagem e educação, não por medo ou repressão. Especialistas reforçam que políticas públicas voltadas à redução de danos, somadas a campanhas de conscientização e ao acesso a análises laboratoriais confiáveis, são essenciais para prevenir tragédias e promover o cuidado.

Com informações de Cañamo.Net.