“É revolucionário”: médica destaca o poder da cannabis no tratamento de doenças de pele

A dermatologista Ludmila Militão vê na cannabis medicinal uma alternativa eficaz e menos tóxica para pacientes frustrados com tratamentos tradicionais

Publicada em 13/10/2025

“É revolucionário”: médica destaca o poder da cannabis no tratamento de doenças de pele

A médica Ludmila Militão, colunista do Portal Sechat e atuante na área desde 2020. Imagem: Arquivo Sechat.

O campo da dermatologia está passando por uma transformação com a crescente aplicação da cannabis medicinal. Para pacientes com doenças crônicas, que frequentemente enfrentam tratamentos com resultados limitados e efeitos colaterais, os canabinoides surgem como uma alternativa promissora.

Segundo a médica Ludmila Militão, colunista do Portal Sechat e atuante na área desde 2020, o potencial da planta para a saúde da pele é imenso. Para a especialista, a terapia canabinoide oferece esperança onde os tratamentos convencionais encontram barreiras. Ela relata a frustração de ver pacientes sem resposta a medicamentos tradicionais ou sofrendo com seus efeitos adversos.

“O uso da cannabis na dermatologia é altamente promissor, eu gosto de falar que é revolucionário. Chega um momento que não vemos resposta, temos que mudar a droga, e o medicamento traz efeitos colaterais. Para mim, isso é muito frustrante”, afirma Militão.

A médica explica que a cannabis medicinal pode atuar como tratamento coadjuvante, permitindo reduzir doses de outros remédios e, consequentemente, seus efeitos colaterais. “Outras vezes, consigo eliminar completamente outros medicamentos. A cannabis sustenta muito bem essa terapia anti-inflamatória”, complementa.

 

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A pele como reflexo da saúde

 

A eficácia da cannabis medicinal na dermatologia se baseia na premissa de que a pele reflete a saúde geral do organismo. Fatores como estresse, alimentação e inflamações internas se manifestam na pele com acne, ressecamento e doenças como psoríase.

Compostos da cannabis, como o canabidiol (CBD), possuem propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes e reguladoras de sebo. Estudos indicam que o CBD equilibra a oleosidade e melhora a hidratação, sendo uma ferramenta valiosa para diversas condições.

 

Além do CBD: outros canabinoides promissores

 

A ciência continua a desvendar o potencial de outros canabinoides. Um estudo de 2022 destacou o canabigerol (CBG) por suas potentes propriedades, superando até a vitamina C na redução do estresse oxidativo.

Mais recentemente, em setembro de 2025, pesquisadores identificaram o canabizetol (CBGD), um raro canabinoide com notáveis propriedades antioxidantes. Embora os estudos ainda sejam iniciais, os resultados são promissores.

 

O desafio do conhecimento médico

 

Apesar dos avanços da cannabis medicinal, a Dra. Ludmila Militão aponta a falta de conhecimento sobre o sistema endocanabinoide como um grande obstáculo. Para ela, eventos como o Congresso Brasileiro da Cannabis Medicinal são cruciais para disseminar a informação.

“O médico da Cannabis ainda trabalha isolado. Aqui, entendemos o que outros colegas estão fazendo, discutimos casos e expandimos nosso networking”, destaca.

Ela conclui ressaltando a urgência de integrar o tema na formação médica. “Se a terapia com a cannabis existe, é por causa do sistema endocanabinoide, que ainda não é acessado pelos profissionais de saúde, quando deveria ser algo inerente da formação médica”, finaliza.