Empresas de CBD querem 3,4 milhões de libras em indenização por apreensão de cânhamo, no Reino Unido

Indústria de CBD entrou com processo por alegada conduta ilegal da Força de Fronteira britânica

Publicada em 22/01/2025

capa

Imagem ilustrativa: Canva.

O governo do Reino Unido enfrenta um processo de 3,4 milhões de libras movido por uma empresa de CBD. O caso destaca falhas na gestão de remessas de cânhamo legal, que são frequentemente apreendidas e liberadas apenas após sua validade expirar.

 

Empresas alegam apreensão indevida 

 

A Ocean Development (Dorset) Ltd. e a CBD Flower Shop Ltd. apresentaram uma ação judicial no Tribunal Superior contra o Ministério do Interior. As empresas afirmam que a Border Force deteve ilegalmente 10 remessas de cânhamo importado entre agosto de 2023 e maio de 2024, prejudicando suas operações e reputação. 

As organizações, que têm licenças do Departamento de Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais (DEFRA), alegam que os produtos foram classificados erroneamente como drogas controladas. Tal classificação, segundo elas, não tem base legal.

A ação judicial, registrada sob o número KB-2024-002634, aponta que as apreensões violaram os direitos de propriedade das empresas e resultaram em danos financeiros significativos. As empresas pedem indenização por danos materiais e morais, incluindo a perda de 3,1 milhões de libras por danos à reputação da CBD Flower Shop.

 

Histórico de casos similares 

 

Esse caso ocorre após a Jersey Hemp ter vencido uma disputa semelhante em 2024, quando o governo do Reino Unido admitiu ter agido ilegalmente ao apreender produtos de CBD. Apesar da vitória, a ausência de uma decisão judicial formal manteve a indústria em incerteza legal, permitindo que casos como esse continuem a ocorrer.

O Reino Unido relatou aumento nas apreensões de drogas em 2024, incluindo 74 toneladas de cannabis, um crescimento de 60% em relação ao ano anterior. Pequenas infrações, como erros de rotulagem, são citadas como motivos para reter remessas, que frequentemente chegam ao destino já inutilizáveis.

Fonte: Canna Reporter