Empresa obtém decisão da Justiça Federal e é autorizada a manipular produtos de cannabis
Decisão favorável à rede Biomagistral permite a produção de formulações com Canabidiol sob prescrição
Publicada em 06/11/2025

Imagem Ilustrativa: Canva Pro
A 4ª Vara Federal de São José do Rio Preto concedeu uma decisão favorável à Biomagistral, reconhecendo o direito da rede de farmácias de manipulação de produzir e dispensar formulações contendo Canabidiol (CBD) sob prescrição médica.
“Implantar a prescrição de Canabidiol dentro das farmácias de manipulação abre um universo vasto de possibilidades farmacêuticas", diz Myrcieli Marconatto, proprietária da empresa.
"Podemos formular o ativo em um formato que agrade melhor a cada paciente — seja em gotas, gomas, spray, chocolates etc. Isso facilita muito a adesão do paciente ao tratamento ao longo do tempo, por oferecermos o medicamento em um formato confortável", completa.
Segundo Marconatto, outro aspecto relevante sobre a entrada da manipulação nesse mercado é o preço mais competitivo. Isso reduz o custo do tratamento para as famílias que dele dependem.
"Cada decisão, cada diálogo e cada avanço têm um propósito maior: transformar dor em resultados e empatia em ação.”
A luta pelo acesso a produtos de cannabis
Mais do que uma empresária do setor magistral, Myrcieli Marconatto é mãe de Heitor, de 9 anos, uma criança com autismo grau 3 e síndrome de Down.
Sua vivência pessoal a colocou na linha de frente de uma luta social que mobiliza famílias, médicos, pesquisadores e formuladores de políticas públicas em todo o país. A luta defende o direito de acesso a terapias à base de Canabidiol com segurança, qualidade e respaldo científico.
Ao longo dos últimos anos, Myrcieli tem se dedicado intensamente a promover informação, combater o preconceito e construir pontes entre ciência, legislação e responsabilidade social. Ela defende sempre a regulamentação ética, acessível e humanizada da Cannabis medicinal no Brasil.
Myrcieli relata receber mensalmente pedidos de incontáveis famílias que não sabem exatamente como ter acesso à medicação. Ela dedica o seu tempo a atender e esclarecer todos que pode, muitas vezes aos finais de semana.
“O tempo acaba sempre se estendendo diante das dificuldades, e o paciente demora — e, muitas vezes, não consegue — ter acesso ao medicamento", conclui.



