Enquanto a dor oncológica afeta milhões de pessoas no mundo, avanços na ciência e na medicina trazem novas esperanças. Em 1º de fevereiro de 2024, antes do Dia Mundial do Câncer, a OMS e sua agência de pesquisa sobre câncer, a IARC, divulgaram novas estimativas globais: em 2022, houve 20 milhões de novos casos, 9,7 milhões de mortes e 53,5 milhões de pessoas sobreviveram até cinco anos após o diagnóstico — cerca de 1 em cada 5 pessoas desenvolve câncer ao longo da vida. A organização alerta para o impacto desigual da doença, especialmente em populações carentes, e para a falta de financiamento adequado de serviços prioritários e cuidados paliativos em muitos países (WHO, 2024).

Diante desse cenário, entre opioides, anti-inflamatórios e terapias inovadoras, a cannabis medicinal surge como uma alternativa promissora, oferecendo alívio da dor e mais qualidade de vida para pacientes que enfrentam a batalha contra o câncer.

Mercado global em expansão

O mercado de dor oncológica, avaliado em US$ 6,53 bilhões em 2024, deve quase dobrar até 2034, atingindo US$ 11,81 bilhões, com um crescimento anual composto (CAGR) de 6,10%. O aumento da prevalência de câncer, aliado à população geriátrica crescente, impulsiona a demanda por tratamentos eficazes que aliviem a dor e melhorem a qualidade de vida dos pacientes.

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Inovações farmacêuticas e terapias alternativas

Principais empresas farmacêuticas, como Eli Lilly, Pfizer e Johnson & Johnson, lideram pesquisas e lançamentos de novos medicamentos, abrangendo desde opioides e não opioides até bloqueadores de nervos e terapias direcionadas. Estudos recentes indicam que a cannabis medicinal pode reduzir o uso de opioides em até 32%, consolidando-se como alternativa promissora para manejo da dor.

Perspectiva regional e oportunidades

A América do Norte domina o mercado, impulsionada por sistemas de saúde avançados e maior prevalência de câncer. Europa, Japão e Índia também devem apresentar crescimento acelerado. Governos e instituições intensificam iniciativas de conscientização e investimento em pesquisas, abrindo espaço para novas terapias e estratégias colaborativas entre empresas farmacêuticas.