Pedre Pedro propõe parceria com associação para ampliar acesso à cannabis medicinal pelo SUS de SC

Deputado critica a burocracia estatal e defende fornecimento gratuito de medicamentos à base de cannabis por meio do SUS em Santa Catarina

Publicada em 08/08/2025

Padre Pedro sugere parceria entre governo de Santa Catarina e associação local para ampliar acesso a medicamentos

O parlamentar enfatizou a necessidade de uma ação concreta por parte do governo para ampliar o acesso gratuito à cannabis medicinal via SUS, conforme prevê legislação já aprovada na própria Alesc Imagem: Jeferson Baldo / Agência AL

O deputado estadual Padre Pedro Baldissera sugeriu ao governo de Santa Catarina uma parceria com a Associação Santa Cannabis, sediada em Itapoá, no norte do Estado, para o fornecimento de medicamentos à base de cannabis para fins medicinais, com o objetivo de reduzir os custos do tratamento.

Durante visita à sede da associação, Padre Pedro destacou a qualidade do trabalho desenvolvido. A Santa Cannabis cultiva canabidiol de forma orgânica, com uso de tecnologia de ponta e atuação de profissionais especializados.

“Poderia ser uma grande parceira do governo. Por apenas 30 ml do produto importado se paga, no mínimo, R$ 2 mil e dá pra pouco tempo, tornando-se caro para o Estado”, afirmou o deputado em nota da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc).

 

Acesso gratuito pelo SUS


O parlamentar enfatizou a necessidade de uma ação concreta por parte do governo para ampliar o acesso gratuito à cannabis medicinal via SUS, conforme prevê legislação já aprovada na própria Alesc.

“É preciso ação do governo para possibilitar o acesso facilitado, com a prescrição médica. O medicamento é essencial para milhares de pessoas, a maioria sem condições financeiras”, afirmou.

Nos últimos quatro anos, mais de 12 mil pessoas no Brasil foram atendidas pela Santa Cannabis — 5 mil apenas em Santa Catarina.

 

Críticas à burocracia


Padre Pedro também criticou o decreto estadual que institui a Política Estadual de Fornecimento de Medicamentos à Base de Cannabis, afirmando que a medida burocratiza e dificulta o acesso da população aos tratamentos.

“Quando o cidadão encontra o caminho, depois de consultas difíceis ao site da Secretaria de Saúde, esbarra na exigência de apresentação pelo médico de documentações científicas robustas, com a apresentação de estudos científicos atualizados, dados epidemiológicos, contraindicações, reações adversas e riscos”, protestou.

 

Com informações de ALESC