Pinguim é tratado com derivados de cannabis, música e acupuntura para recuperação de lesão na coluna
O animal recebe tratamento inovador com terapias alternativas no Rio de Janeiro
Publicada em 14/10/2024
Imagem: Vecteezy
No Instituto Albatroz, localizado em Araruama, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, um pinguim-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus) está sendo submetido a um tratamento pouco convencional, mas promissor, para tratar um edema na coluna vertebral. A condição deixou o animal curvado e comprometido em sua mobilidade. Para aliviar a dor e reduzir a inflamação, os veterinários responsáveis incorporaram o uso de derivados de cannabis, além de outras terapias integrativas como laserterapia, acupuntura e terapia neural, no tratamento do animal.
O pinguim foi resgatado pela equipe do Projeto de Monitoramento de Praias após ser encontrado encalhado em Arraial do Cabo. Exames iniciais revelaram um edema e uma diminuição do espaço intervertebral, o que prejudicava sua postura e causava desconforto. Embora o tratamento tenha começado com o uso de anti-inflamatórios tradicionais, a resposta limitada levou os veterinários a adotarem uma abordagem mais holística.
Além dos canabinoides, que auxiliam no controle da dor e da inflamação, o animal tem passado por sessões de acupuntura e laserterapia, práticas que visam estimular a recuperação natural do corpo e minimizar o uso de medicamentos convencionais. Para complementar o ambiente terapêutico, o pinguim também é exposto à músicas relaxantes, com canções da artista Enya, criando uma atmosfera serena e propícia à recuperação.
“Essa combinação de terapias integrativas demonstra nosso compromisso com práticas que priorizam o bem-estar animal, buscando alternativas que reduzam o uso de medicamentos agressivos”, afirma a veterinária do instituto, Daphne Wrobel, em entrevista ao Globo. O tratamento inovador tem mostrado resultados promissores, permitindo que o pinguim recupere gradativamente sua mobilidade.