Resultados de ensaio clínico de cannabis medicinal na Argentina

Os primeiros dados foram apresentados em um evento nesta semana conduzido pelo Ministério da Saúde provincial

Publicada em 07/07/2023

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O governador de Chubut, na Argentina, Mariano Arcioni, participou da apresentação dos primeiros resultados da pesquisa sobre cannabis medicinal conduzida pelo Ministério da Saúde provincial, o Hospital “Andrés Isola” em Puerto Madryn, em colaboração com o CCT-CENPAT- CONICET, na última terça-feira, segundo informou a Indústria da Cannabis.

 

Por meio de um ensaio clínico pioneiro na Argentina, foi avaliado o uso de preparações à base de plantas para o tratamento da dor crônica em residentes da cidade portuária e seu efeito sobre os parâmetros relacionados à qualidade de vida.

 

Resultados de ensaio clínico de cannabis medicinal na Argentina

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O governador Arcioni afirmou: “Sem pesquisa e apoio à ciência, é impossível alcançar resultados como esses em termos de saúde e produção”. Ele acrescentou que é “gratificante ver todos esses resultados, quase no final de seu mandato, depois de ter iniciado um programa de Cannabis há quatro anos como política estatal”.

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O programa recebeu um investimento de mais de 50 milhões de pesos e durante o encontro, foram entregues 32 computadores ao diretor da Área Programática Norte, Mauricio Lucero, para implementar o Registro de Histórico Clínico Integrado da Província; 27 deles serão destinados ao hospital e cinco à área externa.

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O Ministro Monasterolo expressou: “Ficamos orgulhosos ao saber que nossas equipes de saúde não apenas trabalham arduamente todos os dias para melhorar a qualidade e a acessibilidade dos pacientes, mas também conduzem pesquisas para aprimorar a rastreabilidade e a qualidade da atenção. Isso é o que gostaríamos de ver em todos os nossos centros de saúde”.

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O diretor do CENPAT, Rolando González, agradeceu às autoridades provinciais e municipais, bem como ao Ministério da Saúde, e destacou que “a pandemia deixou claro para a comunidade internacional que quando saúde e ciência caminham juntas, há um impacto positivo na qualidade de vida das pessoas”.

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González enfatizou que a coordenação dos sistemas públicos de ciência, tecnologia e saúde é fundamental “para reduzir a dor das pessoas. O ciclo é virtuoso e sempre gera impacto, e este é um exemplo disso”.

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Por sua vez, o chefe do Programa Nacional de Estudos da Cannabis, Marcelo Morante, comentou que “é muito gratificante avançar na pesquisa sobre o tratamento da dor, mas também tornar o processo rastreável, desde a pesquisa básica até a clínica. Isso é possível graças à colaboração entre os Ministérios da Saúde de Chubut e do país”.

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“Essa colaboração nos aproxima da sensibilidade necessária para enfrentar a dor. Vejo refletido nesse modelo proposto por Chubut o que muitos pesquisadores do país fazem ao abordar essa forma de aliviar e atenuar a dor por meio de uma ferramenta como a cannabis, que pode ser medida pelo impacto na qualidade de vida”, explicou o profissional.