Produtos à base de cannabis, importados para pacientes brasileiros, chegaram a São Paulo na última sexta-feira (15), marcando a retomada dos envios pelo modelo courier – um sistema de remessas expressas que reduz significativamente o tempo de entrega. A agilidade no transporte é crucial para garantir a continuidade do tratamento dos pacientes no Brasil, que dependem da importação regular desses itens.

As cargas, oriundas majoritariamente da Colômbia, têm sua exportação integralmente fiscalizada pelo Fundo Nacional de Estupefacientes (FNE).

Desde agosto, as importações estavam travadas, gerando atrasos e insegurança para pacientes que dependem desses medicamentos. Agora, com a liberação, o processo ganha agilidade e previsibilidade.

“É importante porque os embarques são bem mais rápidos. É possível dar mais agilidade para os pacientes que estão esperando os medicamentos aqui no Brasil, além de reduzir o prazo na origem”, destacou Fernanda Vanzeli, gestora comercial da Courier Brasil Express.

Antes da mudança, os envios eram feitos por meio de remessa formal, o padrão de exportação tradicional. Nesse formato, o embarque levava de 3 a 7 dias para ser concluído, e ao chegar ao Brasil, o produto ainda precisava passar pelos prazos de liberação da Anvisa e da Receita Federal — um processo que podia levar, em média, de 3 a 7 dias adicionais, chegando a até 15 dias até o medicamento chegar ao paciente.

Com a modalidade courier, os embarques passam a ser tratados como remessas urgentes (expressas) sendo realizados em até dois dias e o processo é simplificado.

“Agora conseguimos atender os prazos. O intermediário quer garantir que o paciente receba o medicamento dentro do tempo esperado”, reforçou Vanzeli. 

A carga autorizada deve atender cerca de 50 pacientes que esperavam pelos produtos terapêuticos à base de cannabis.