Encontro internacional debate adaptação do mercado global de cânhamo às novas regras do Japão
Evento realizado em Tóquio reuniu representantes de diversos países para discutir o impacto das novas regulamentações japonesas no mercado internacional do cânhamo
Publicada em 18/11/2025

Imagem Ilustrativa: Canva PRO
O Encontro Internacional de Negócios “Adapting International Hemp to Japan’s New Regulations” foi realizado na Embaixada Real da Tailândia em Tóquio como parte da programação oficial da JIHE 2025, que ocorreu nos dias 14 e 15 de novembro. A reunião marcou um dos principais debates do evento, reunindo autoridades e lideranças da cadeia produtiva do cânhamo para analisar os impactos das novas regulamentações japonesas — implementadas gradualmente desde o ano passado — sobre o mercado global.
Com enfoque na segurança jurídica, conformidade regulatória e desenvolvimento de novas oportunidades comerciais, o encontro reuniu representantes da Tailândia, referência asiática no setor; dos Estados Unidos, o maior mercado de cânhamo do mundo; de países europeus, que avançam em modelos regulatórios próprios; e do Japão, que vive o início de uma nova fase após as revisões legais que flexibilizaram o cultivo e estabeleceram bases para um setor mais estruturado.
Durante o encontro, autoridades do Governo Real da Tailândia e executivos de associações internacionais discutiram desde as mudanças na Lei de Controle da Cannabis e na Lei de Promoção do Cânhamo até caminhos para parcerias comerciais, intercâmbio tecnológico e padronização de produtos de CBD destinados ao mercado japonês.
O debate também reforçou que 2025 é tratado como o “Ano Um da Indústria do Cânhamo” no Japão, momento que sinaliza a abertura para novos modelos de negócios. A JIHE 2025 consolida essa virada ao integrar a histórica “CBD Journey” e a conferência “CannaCon” a uma nova estrutura de maior escala, posicionando o país como polo emergente na economia do cânhamo na Ásia.
Conheça os palestrantes da edição 2025

O que a feira ofereceu
A programação inclui exposição de empresas, rodadas de negócios, demonstrações técnicas e um fórum com apresentações sobre regulamentação, pesquisa aplicada, sustentabilidade e desenvolvimento de cadeias produtivas. A organização destaca que o objetivo principal é facilitar o entendimento prático do novo marco legal e orientar empresas que buscam ingressar no mercado japonês de forma segura e em conformidade.
No espaço de exposições, marcas japonesas e estrangeiras irão apresentar inovações em áreas como:
- Agricultura de precisão para cânhamo industrial
- Tecnologias para extração e processamento
- Produtos têxteis e biomateriais
- Aplicações cosméticas e dermatológicas
- Alimentos e nutracêuticos derivados do cânhamo
- Soluções de sustentabilidade e economia circular
Além da vitrine tecnológica, o JIHE Forum — evento paralelo à feira — reunirá especialistas em legislação, pesquisadores, empresários e representantes institucionais para analisar tendências e desafios do setor. As sessões abordarão desde a implementação da nova lei japonesa até estratégias para harmonização internacional de padrões e certificações.
Confira como foi a programação:

Legislação no Japão
A revisão da política japonesa sobre a cannabis, aprovada recentemente, representou uma virada histórica ao estabelecer regras específicas para o cânhamo industrial e permitir sua exploração comercial em diferentes frentes. O país, conhecido pela rigidez regulatória, agora passa a buscar equilíbrio entre segurança, inovação e competitividade global — e a JIHE 2025 surge como o primeiro grande palco para apresentar essa nova fase.
Para analistas do setor, o movimento japonês tende a impulsionar investimentos estrangeiros e estimular a criação de cadeias produtivas inspiradas em modelos já consolidados na Europa, América do Norte e Austrália. O evento, portanto, funciona como porta de entrada para empresas que desejam atuar em um mercado que, até pouco tempo, era considerado inacessível.
O evento foi direcionado a empresas e startups de cânhamo industrial, investidores, profissionais de pesquisa e desenvolvimento, instituições acadêmicas, representantes governamentais e setores industriais ligados ao uso do cânhamo — como têxtil, agrícola, cosmético, alimentício e de bioprodutos.



