Nomeado por Trump: novo líder do DEA tem postura contrária à maconha, vinculando o uso de cannabis a problemas cognitivos

Trump nomeia Terrance Cole para liderar a DEA, aumentando a incerteza sobre a reforma da cannabis

Publicada em 12/02/2025

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Imagem: Canva Pro

O presidente anunciou oficialmente a nomeação de Terrance Cole para o cargo de administrador da Agência Antidrogas (DEA). Cole, um veterano com mais de 21 anos de experiência na DEA, tem levantado preocupações sobre os perigos do uso da maconha, citando seu impacto na saúde mental dos jovens.

 

Cole e suas críticas à maconha

 

Atualmente, Cole ocupa o cargo de secretário de Segurança Pública e Segurança Interna da Virgínia (PSHS), sob supervisão da Autoridade de Controle de Cannabis (CCA). Durante sua visita ao escritório da CCA, ele reafirmou sua posição em relação à cannabis, afirmando em uma postagem no LinkedIn que, após 30 anos atuando na aplicação da lei, mantém uma postura crítica em relação à droga.

Cole também participou, em fevereiro, um artigo publicado no site da DEA, intitulado “NÃO 'apenas erva': quatro vezes mais perigoso em três décadas”, que destaca os efeitos negativos do alto teor de THC, relacionando-o a problemas cognitivos, como dificuldade de aprendizado e coordenação motora.

 

Implicações da nomeação para a reforma da maconha

 

A nomeação de Cole ocorre em um momento crucial para o futuro da cannabis nos Estados Unidos. O governo Biden iniciou um processo para remarcação da maconha, propondo mover a Lista I para a Lista III da Lei de Substâncias Controladas (CSA). Trump apoiou essa proposta durante sua campanha presidencial, o que torna a nomeação de Cole ainda mais interessante, já que o novo administrador da DEA pode herdar essa responsabilidade.

No entanto, Cole não se pronunciou publicamente sobre a proposta de reclassificação da maconha, deixando em aberto como ele conduzirá essa questão se for confirmada pelo Senado. Para os defensores da reforma, sua nomeação não parece ser um avanço positivo em comparação com o administrador interno Derek Maltz, que acredita que a maioria das pessoas nos estados que legalizaram a cannabis continuarão a obter as fontes ilícitas.

Por enquanto, as audiências administrativas sobre a remarcação da maconha foram adiadas, com um juiz da agência acatando um pedido de apelação de testemunhas pró-reforma, que adiou o processo em pelo menos três meses. Isso ocorre em meio às comunicações de comunicações impróprias entre a DEA e os opositores da reclassificação.

 

Com informações de Marijuana Moment