Um estudo publicado na Journal of Substance Abuse Treatment mostrou que a cannabis reduz o consumo de álcool, principalmente entre pessoas com padrões de uso problemáticos. A pesquisa reforça que a legalização da cannabis pode impactar de forma positiva os hábitos de consumo de substâncias.

Cannabis reduz o consumo de álcool: efeito substitutivo 

Os pesquisadores identificaram que, em locais onde o uso da planta é regulamentado, a cannabis reduz o consumo de álcool, principalmente entre indivíduos que consomem álcool em excesso. 

Esse efeito substitutivo indica que a cannabis reduz o consumo de álcool ao se apresentar como uma alternativa potencialmente menos prejudicial.

Os voluntários participaram de duas sessões em um laboratório móvel instalado em frente às suas residências, uma solução encontrada pelos pesquisadores para contornar as restrições federais ao uso de cannabis em campi universitários. Em um dos encontros, os participantes consumiram apenas álcool; no outro, puderam utilizar sua própria cannabis legal antes de começar a beber.

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Em ambas as situações, bebidas alcoólicas foram servidas a cada quinze minutos, ao longo de uma hora, enquanto os pesquisadores registravam tanto a quantidade ingerida quanto a intensidade do desejo por álcool. Os resultados mostraram um padrão claro: após o uso de cannabis, os participantes consumiram, em média, 25% menos doses de álcool e apresentaram ainda uma queda significativa na vontade de beber.

Impactos para políticas públicas

A constatação de que a cannabis reduz o consumo de álcool levanta debates importantes sobre políticas de saúde pública. O estudo sugere que a regulamentação da planta pode contribuir para estratégias de redução de danos relacionadas ao abuso de bebidas alcoólicas. Ainda assim, os autores alertam para a necessidade de mais pesquisas que avaliem os impactos sociais e clínicos dessa substituição.

No geral, a evidência de que a cannabis reduz o consumo de álcool reforça a importância de ampliar o debate sobre seus usos e regulamentação. A planta pode representar um caminho de transformação nos hábitos de consumo, trazendo novos olhares para a saúde pública e a redução de danos.