Blocos de cânhamo reduzem 20% nos preços de construções, diz estudo
“Uma revolução econômica e ecológica na construção civil”, destaca especialista
Publicada em 05/03/2024

Em uma época em que a busca por alternativas sustentáveis está em alta, a empresa Cânhamor, de Portugal, mergulhou em um estudo ambicioso para desvendar os segredos dos blocos de cânhamo na construção civil. Os resultados são nada menos que surpreendentes, demonstrando uma redução de até 20% nos custos de construção em comparação com métodos tradicionais.

"A beleza dos blocos de cânhamo está na sua simplicidade e eficiência", explica Elad Kaspin, diretor da empresa portuguesa. "Com esses blocos, eliminamos várias etapas do processo construtivo, reduzindo não apenas o tempo, mas também os custos associados. É uma abordagem que ressoa não apenas com o bolso, mas também com a consciência ambiental crescente."
A demanda por materiais de construção ecologicamente corretos está em ascensão, impulsionada por uma preocupação global com as mudanças climáticas e a sustentabilidade. Os blocos de cânhamo não apenas oferecem uma alternativa viável, mas também trazem uma série de benefícios adicionais.
Além da redução de custos, o produto é conhecido por sua durabilidade excepcional, absorção de CO² durante o processo de crescimento das plantas, facilidade de cultivo e rápida produção. Eles também demonstram resistência ao fogo e têm propriedades fitorremediadoras, contribuindo para a saúde do solo e do ecossistema local.
"Estamos testemunhando uma mudança de paradigma na indústria da construção", observa Kaspin. "Os consumidores estão cada vez mais conscientes das pegadas ambientais de suas escolhas. E os blocos de cânhamo oferecem uma solução que equilibra a eficiência econômica com os imperativos ambientais."
À medida que nos aproximamos do futuro, empresas como a Cânhamor lideram o caminho para uma abordagem mais inteligente e sustentável da construção civil. Entretanto, enquanto países mais desenvolvidos já implementam tecnologias baseadas em cânhamo no setor, como é o caso de Portugal, no Brasil essa realidade ainda nem saiu do papel.
A regulamentação brasileira sobre o uso industrial do cânhamo enfrenta desafios significativos, impedindo a adoção dessa tecnologia inovadora em larga escala. Desse modo, segundo especialistas, o país perde a oportunidade de se beneficiar não apenas dos aspectos econômicos, mas também dos benefícios ambientais que os blocos de cânhamo podem proporcionar.