Changa, o psicodélico parecido com a ayahuasca
A mistura lançada nos anos 90 pode ter potencial analgésico
Publicada em 27/06/2023

Por Redação Sechat com informações de El Planteo
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Changa, o psicodélico parecido com a ayahuasca. Changa é uma mistura que contém substância psicoativa dimetiltriptamina (DMT) e um inibidor da monoamina oxidase. Foi desenvolvida como uma alternativa ao DMT cristalizado para evitar os efeitos intensos e rápidos.
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A mistura foi lançada nos anos 90 pelo psiconauta Julian Palmer. É uma opção para aqueles que desejam experimentar os efeitos do DMT de forma mais suave ou com doses mais baixas.
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Ayahuasca x changa
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A ayahuasca e a changa contêm DMT, mas diferem na forma de consumo. A ayahuasca é uma infusão feita com B. Caapi e folha de chacrona, consumida como uma bebida. A viagem psicodélica dura cerca de seis horas. Por outro lado, a changa é uma mistura fumável das duas plantas.
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O IMAO (inibidor da monoamina oxidase) presente na changa impede a decomposição do DMT no corpo, resultando em efeitos mais lentos e prolongados. No entanto, os efeitos da changa são mais curtos, durando de 30 minutos a uma hora.
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Quais são os efeitos da changa?
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Os efeitos da Changa são causados pelo DMT presente na chacrona. O DMT tem semelhanças com experiências religiosas e espirituais, com alucinações intensas, como vozes e a entrada em um mundo interno não dependente dos sentidos. Nesse mundo, aqueles que usam Changa frequentemente encontram "entidades" de outros reinos, cuja forma está relacionada à cultura e ao ambiente do indivíduo.
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Para alcançar essas experiências mais intensas, é necessário fumar uma quantidade significativa de Changa em um curto período de tempo. Porém, também é possível ter uma experiência mais suave fumando Changa em um cachimbo ou baseado, resultando em pequenas alterações na percepção e cognição, com o objetivo de iluminar as cores, ampliar a percepção e acalmar a atividade mental, promovendo o alinhamento dos pensamentos.
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Estudo de caso: um potencial analgésico
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Um estudo recente revelou as propriedades analgésicas do changa, um psicodélico relativamente novo. O estudo acompanhou um paciente que sofria de dores musculoesqueléticas há dez anos.
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Após participar de sessões de changa, a dor desapareceu quase completamente por duas semanas, com reduções significativas persistindo nas sessões subsequentes. Isso permitiu que o paciente voltasse a ter uma vida normal. Embora seja um estudo de caso único, levanta a possibilidade de usar o changa como tratamento para dor crônica e explorar seus benefícios potenciais.