Depressão resistente: psicodélicos ganham espaço em audiência nos EUA
Democratas da Pensilvânia realizam audiência sobre o uso de psicodélicos, como a psilocibina, no tratamento da depressão resistente, reunindo especialistas e veteranos para debater ciência, regulamentação e saúde mental
Publicada em 02/10/2025

Psilocibina entra em debate como terapia alternativa | CanvaPro
Democratas da Assembleia Legislativa da Pensilvânia realizaram uma audiência pública para debater o uso de terapias psicodélicas, em especial a psilocibina, no tratamento de depressão resistente. Essa condição, que não responde a antidepressivos ou psicoterapias convencionais, afeta milhões de pessoas e ainda é um desafio para a medicina.
Veteranos de guerra foram protagonistas nos relatos: muitos descreveram como o transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) e dores emocionais profundas se tornaram menos pesados quando tiveram acesso a terapias alternativas envolvendo psicodélicos. Para os legisladores, ouvir essas histórias é um passo importante para quebrar o estigma que ainda cerca o tema.
Entre ciência, regulamentação e economia
Pesquisadores e médicos convidados reforçaram que a psilocibina não é tratamento de primeira linha, mas pode representar uma revolução em casos graves. Estudos já apontam efeitos positivos que podem durar até seis meses após sessões terapêuticas, o que desperta interesse não só clínico, mas também econômico.
Ao reduzir hospitalizações, afastamentos do trabalho e custos indiretos da depressão grave, a regulamentação poderia trazer benefícios para além da saúde. O desafio agora é equilibrar segurança, ciência e políticas públicas para transformar o que antes era tabu em possibilidade concreta de cuidado.
Com informações de Marijuana Moment.