Comestíveis ganham espaço no tratamento com cannabis medicinal nos EUA
Pacientes, médicos e defensores da cannabis comemoram a ampliação das opções terapêuticas com a inclusão de comestíveis, oferecendo alternativas mais seguras e acessíveis
Publicada em 28/04/2025

Dakota do Norte amplia opções para pacientes com a inclusão de comestíveis no programa médico de cannabis, mas a descriminalização da planta ainda enfrenta barreiras
Em um movimento que representa esperança e avanço para pacientes em busca de alívio, o estado da Dakota do Norte anunciou a inclusão de comestíveis no seu programa de cannabis medicinal. A governadora Kelly Armstrong (Republicana) sancionou a Lei HB1203, permitindo que pastilhas comestíveis sejam recomendadas para pacientes qualificados.
A medida, comemorada por pacientes, médicos e defensores da cannabis, amplia as opções terapêuticas para quem precisa de alternativas seguras e acessíveis. As novas regras determinam que cada porção tenha no máximo 5 miligramas de canabinoides, limitando o pacote total a 50 miligramas. Além disso, as embalagens precisarão ser invioláveis e pouco atraentes para crianças, o que é uma preocupação legítima para garantir segurança e responsabilidade.
Um passo adiante na medicina canábica
Para muitas pessoas que vivem com dores crônicas, doenças neurodegenerativas ou outras condições severas, a nova regulamentação representa mais qualidade de vida. Os comestíveis oferecem uma alternativa discreta e de longa duração em relação a outros métodos de administração da cannabis, como o uso fumado ou vaporizado, por exemplo.
Pacientes e defensores do movimento esperam que essa abertura não apenas amplie o acesso, mas também reduza o estigma em torno do uso medicinal da planta. Afinal, o alívio, para muitos, pode vir em pequenos gestos como uma pastilha que suaviza a dor e devolve dignidade ao cotidiano.
A luta pela descriminalização continua
Apesar do avanço, nem todas as notícias vindas da Dakota do Norte são positivas. O Senado estadual rejeitou o projeto de lei HB1596, que propunha a descriminalização da posse de pequenas quantidades de cannabis até 15 gramas. Foram 33 votos contra e apenas 13 a favor.
Se aprovado, o HB1596 teria reclassificado a posse como uma infração não criminal, o que poderia evitar condenações que impactam a vida de cidadãos de maneira desproporcional, além de desafogar o sistema judicial de processos considerados menores.
A expectativa agora é de que o tema volte à pauta em sessões futuras. Com a cannabis já legalizada para uso adulto ou medicinal em quase metade dos estados norte-americanos, a Dakota do Norte parece se mover, ainda que lentamente, em direção a um futuro mais justo e humano.