Estudo revela que diferentemente da Cannabis, o álcool afeta a espessura cortical em jovens adultos

Essa afirmação é consistente com as descobertas de outros estudos, revisões de literatura e artigos, a maioria dos quais afirma que qualquer dano causado é provavelmente do álcool, não da Cannabis

Publicada em 05/04/2021

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Curadoria e edição de Sechat Conteúdo, com informações de High Times (Addison Herron-Wheeler)

Um novo estudo refuta o que muitos afirmam ser um perigo da Cannabis legal: as descobertas mostraram que, diferentemente do álcool, a Cannabis não tem um impacto na espessura cortical em usuários mais jovens. 

O estudo, intitulado “Os efeitos do uso de álcool e Cannabis na espessura cortical do controle cognitivo e redes cerebrais salientes na idade adulta emergente: um estudo de controle de cogêmeos”, foi publicado na revista Biological Psychiatry e conduzido por pesquisadores da Universidade de Minnesota (EUA).

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Os pesquisadores analisaram a relação entre a exposição ao álcool e à Cannabis quando se trata da morfologia do cérebro de jovens adultos. Eles consideraram uma amostra de base populacional de 436 gêmeos, todos com 24 anos de idade. Observando a frequência, densidade, quantidade e nível de intoxicação pelo álcool e pela Cannabis, os pesquisadores conseguiram reunir dados sobre como a Cannabis afeta a espessura cortical. A consistência cortical foi medida por ressonância magnética. 

Exposição casual à estas substâncias podem ter influência

Ao conduzir esta pesquisa, a equipe manteve em mente que outros estudos muitas vezes assumem que mesmo a exposição casual a uma substância pode ter um impacto na estrutura do cérebro. No entanto, até agora, esta era uma teoria em grande parte não testada e que não leva em consideração outros fatores, como o risco familiar. Ao estudar os gêmeos que usavam álcool e maconha, o estudo foi capaz de medir diretamente como as duas substâncias diferentes podem afetar as pessoas.

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O estudo explicou: “O uso indevido de álcool, mas não de cannabis, foi associado à espessura reduzida dos córtices pré-frontais e mediais frontais. Também fio relacionado a redução do lobo temporal, sulco intraparietal, ínsula, opérculo parietal, pré-cuneus e áreas mediais parietais.”

Por que essas descobertas são importantes

Esse estudo é importante já que a capacidade intelectual está relacionada à estrutura do cérebro, incluindo a espessura do córtex cerebral. Portanto, é muito importante entender como as substâncias e outros impactos podem alterar essa espessura. Mas, no caso da Cannabis, parece que a espessura não mudou muito.

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“Não foram observadas associações significativas entre o uso de cannabis e a espessura”, conforme concluiu a análise. Este estudo fornece novas evidências de que as reduções relacionadas ao álcool na espessura cortical das redes cerebrais de controle/saliência provavelmente representam os efeitos da exposição ao álcool e as características pré-mórbidas da predisposição genética para o uso indevido de álcool. Os efeitos duplos dessas duas influências causais relacionadas ao álcool têm implicações importantes e complementares em relação à saúde pública e aos esforços de prevenção para conter o consumo de álcool pelos jovens.”

O que dizem estudos anteriores

Sobretudo, isso é consistente com as descobertas de outros estudos, revisões de literatura e artigos. A maioria dos quais afirma que qualquer dano causado é provavelmente do álcool, não da Cannabis. 

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Uma revisão da literatura de muitos estudos publicados no JAMA Psychiatry explica que, as associações entre o uso de Cannabis e o funcionamento cognitivo em estudos transversais de adolescentes e adultos jovens são pequenas e podem ter importância clínica questionável para a maioria dos indivíduos. Além disso, a abstinência por mais de 72 horas diminui os déficits cognitivos associados ao uso de Cannabis. “Os resultados indicam que estudos anteriores com jovens que usam maconha podem ter exagerado a magnitude e a persistência dos déficits cognitivos associados ao uso de maconha.”

À medida que o mundo se abre para que mais pesquisas sobre a Cannabis sejam feitas, sem dúvida mais equívocos serão dissipados.

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