Mãe de paciente rebate críticas ao uso de cannabis medicinal

Publicada em 12/07/2019

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Liane Maria Pereira é a mãe de paciente que obteve o primeiro o Habeas Corpus no Rio Grande do Sul e aproveitou a presença do Ministro Osmar Terra para falar que como professora sempre teve a opinião de que drogas fazia mal. Entretanto, ao ver a filha sofrer, e ao ter a informação sobre a cannabis medicinal, mudou de ideia. “A vida não espera”, afirmou.

Liane mostrou um comparativo da sua filha, Carol, antes e depois do uso da cannabis medicinal no tratamento. “Como mãe, eu só via minha filha indo para trás”, explicou sobre a dificuldade de lidar com os ataques epiléticos e, principalmente, de conseguir uma melhora significativa na doença da filha.

Em 2017, Liane conheceu a Cultive e “se tornou ilegal” por aderir o uso do óleo. Após aprender a extrair o necessário da planta para formular o remédio, Carol apresentou melhoria nos sintomas, tanto que em novembro de 2018, andou pela primeira vez em uma escada rolante e pode doar a cadeira de rodas para outra criança.

A professora defende que existe um “efeito protetor do óleo” e explicou que há uma diferença entre o uso medicinal da cannabis e o consumo da maconha como droga. Liane pode ter até 12 plantas em casa e tem consciência que seus filhos diferenciam que “o que é plantado não é maconha e sim remédio da irmã deles”.

Sobre o processo da extração, Liane explica que no dia em que fazem o óleo, o espaço é inteiro esterilizado e todos os objetos utilizados são únicos para tal ato. Além disso, no mesmo dia não é preparado nenhuma refeição em casa. “O único gasto foi com os vidrinhos, diferente das vaquinhas que precisa fazer para pagar o hospital”, explanou.

Atualmente, a filha de Liane está mais de 300 dias sem convulsão e finaliza sua fala lembrando de como a Carol conseguiu ter qualidade de vida, após o uso da maconha medicinal: “Não esperem precisar para apoiar”.