Ansiedade, insônia e a Cannabis no mundo pós-Covid: destaques no Congresso Brasileiro de Cannabis Medicinal 2024

Durante o CBCM, a psiquiatra Ana Hounnie abordou o impacto da pandemia na saúde mental e o uso terapêutico da cannabis, destacando o potencial da planta no tratamento da ansiedade e insônia

Publicada em 29/01/2024

Ansiedade, insônia e a Cannabis no mundo pós-Covid: destaques no Congresso Brasileiro de Cannabis Medicinal 2024

O painel conduzido pela psiquiatra Ana Hounnie no Congresso Brasileiro de Cannabis Medicinal 2024 trouxe uma abordagem esclarecedora sobre os desafios emocionais e mentais surgidos no mundo pós-pandemia. A incerteza, o isolamento social, o medo da doença e as preocupações financeiras impactaram a saúde mental de milhões de pessoas em todo o mundo.

“A relação entre cannabis e a pandemia é bidirecional. Com o estresse, há uma maior procura por fugas, gerando um aumento no consumo de álcool e maconha, que podem ser vistas como saídas patológicas, mas a busca pela cannabis como tratamento também aumentou”, destaca a psiquiatra.

Ana Hounnie também abordou o impacto direto da pandemia, as sequelas da Covid e o estresse pós-traumático. A investigação ainda o efeito da cannabis em outros aspectos, como a prevenção da contaminação médica pelo vírus. “A cannabis ajudou pacientes que usavam a planta para não se contaminarem, mas isso foi uma observação clínica, não parte de um estudo. Quanto à saúde mental, na prática, as pessoas buscavam mais a cannabis no aspecto medicinal e também recreativo, principalmente em países onde a cannabis é legalizada”, afirma.

 

Cannabis como opção terapêutica

 

Nos últimos anos, a cannabis tem ganhado destaque como uma alternativa para o tratamento da ansiedade e insônia. Seus compostos ativos, como o CBD (canabidiol) e o THC (tetrahidrocanabinol), apresentam potencial para reduzir a ansiedade, promover o relaxamento e melhorar a qualidade do sono.

Para Ana Hounnie, o uso completo da planta pode ser ainda mais benéfico. “Produtos full espectro tendem a oferecer melhores resultados, com doses mais baixas e menos efeitos colaterais”, complementa.